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26/03/2012 - 11h56

Câmara lança frente parlamentar em defesa da indústria

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DE SÃO PAULO

A Câmara dos Deputados terá a partir desta terça-feira (27) uma frente parlamentar em defesa da indústria nacional. O ato de lançamento da frente está marcado para as 15h, no Salão Nobre.

O grupo vai promover debates com representantes do setor empresarial e dos trabalhadores e propor ações para evitar o recuo da participação da indústria no PIB (Produto Interno Brasileiro).

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"Precisamos discutir e propor medidas legislativas e políticas públicas que incentivem a inovação tecnológica e valorizem o conteúdo nacional nas linhas de produção brasileiras", afirma Newton Lima (PT-SP).

O deputado ressalta que o processo de retração da indústria na composição do PIB tem se agravado nas últimas décadas: passou de 27,6% em 1985 para 14,6% em 2011 --o mais baixo nível desde 1956. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Com a crise internacional, os problemas aumentaram. A indústria sofre os reflexos incidentes sobre o câmbio e sobre a balança comercial, que têm causado acentuada redução nos níveis de produção e na exportação de manufaturados", diz o parlamentar.

A frente também vai tratar de outros assuntos que prejudicam a indústria, como a ofensiva comercial de países asiáticos, que inclui a venda de produtos de alto valor agregado; o baixo investimento nacional em pesquisa e desenvolvimento e em inovação tecnológica; e as medidas adotadas por governos estaduais de incentivo fiscal a produtos fabricados em outros países, a chamada "guerra dos portos".

CRESCIMENTO

Na semana passada, a presidente, Dilma Rousseff, reuniu um grupo de 27 grandes empresários e banqueiros do país para cobrar mais investimentos no setor produtivo.

Segundo assessores, Dilma queria mostrar que a crise política não imobilizou sua administração e que sua prioridade continua ser fazer a economia crescer pelo menos 4% em 2012, depois de um crescimento de apenas 2,7% no primeiro ano de sua gestão. O resultado foi influenciado pela inflação alta e da crise externa.

Segundo o IBGE, os investimentos ficaram praticamente estagnados no segundo semestre do ano passado.

No ano passado, a indústria de transformação --que compreende a longa cadeia industrial que transforma matéria-prima em bens de consumo ou em itens usados por outras indústrias-- representou apenas 14,6% do PIB. O patamar foi menor só em 1956, quando a indústria respondeu por 13,8% do PIB.

Com informações da Agência Câmara

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