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Oposição propõe sub-relatorias em CPI do caso Cachoeira
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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O deputado federal Rubens Bueno (PPS-PR), líder do partido na Câmara dos Deputados, propôs nessa segunda-feira a criação de quatro sub-relatorias para a CPI do caso Carlinhos Cachoeira.
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A proposta deve ser apresentada na primeira reunião da CPI, ainda sem data definida. Os partidos tem até amanhã para indicar os componentes da comissão.
A ideia, de acordo com Bueno, seria dividir as áreas de investigação da CPI para cada uma das sub-relatorias, já que o esquema de Cachoeira envolvia não somente os jogos ilegais, mas também casos de tráfico de influência, lavagem de dinheiro, propinas e superfaturamento de obras públicas.
As sub-relatorias, segundo ele, teriam sido adotadas na CPI dos Correios, que investigou o escândalo do mensalão em 2005. Ainda segundo Bueno, a proposta evitaria que os trabalhos da CPI ficassem concentrados nas mãos dos governistas.
"Com as sub-relatorias, a oposição também poderia atuar em postos de destaque da comissão e contribuir para que se esclareça todos os detalhes desse escândalo. E, não custa lembrar, CPI é um instrumento das minorias".
Tradicionalmente, os principais cargos das CPIs são reservados aos partidos com as maiores bancadas no Congresso. O PMDB, maior bancada na Câmara e no Senado, indicou o senador Vital do Rego (PMDB-PB) para a presidência da comissão. Pelo acordo entre os partidos, a relatoria ficará com o PT, que ainda não definiu o seu indicado.
O CASO
A CPI vai investigar a relação do empresário de jogos ilegais Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com políticos, servidores públicos e empresários.
Cachoeira, foi preso no dia 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desarticulou organização que explorava máquinas de caça-níqueis no Estado de Goiás. Escutas realizadas pela PF revelaram o envolvimento de políticos como o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO, ex-DEM) e o governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB).
Outras gravações revelaram o envolvimento de servidores públicos do Incra e de funcionários dos governos estaduais de Goiás e do Distrito Federal, além de suspeitas de favorecimento à construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos e que teria enviado dinheiro para empresas fantasmas de Cachoeira.
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