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24/04/2012 - 18h03

Câmara do DF ignora apelo de Agnelo e cria CPI da Arapongagem

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LÚCIO VAZ
DE BRASÍLIA

A Câmara Legislativa não atendeu aos apelos do governador Agnelo Queiroz (PT) e criou hoje a CPI da Arapongagem, destinada a investigar a violação do sigilo telefônico, telemático e ambiental de autoridades, servidores e jornalistas no Distrito Federal a partir de 2006.

Horas antes da coleta das 11 assinaturas, o Diretório do PT no DF emitiu nota orientando os seus deputados distritais (5) a não assinar o pedido de CPI, que teria por objetivo "arrastar o governo petista para o centro das denúncias reveladas pela Operação Monte Carlo".

O presidente da Câmara, Cabo Patrícío (PT), estremecido com o governador após a demissão de um afilhado seu no governo, não atendeu o pedido e assinou o requerimento apresentado pela oposição.

"Sou militante do PT e presidente do Poder Legislativo. Vou manter a mesma firmeza que mantive à frente das investigações da Operação Caixa de Pandora", justificou, referindo-se à CPI que investigou o ex-governador José Roberto Arruda.

Enquanto os deputados se reuniam na presidência da Casa, o deputado Israel Batista (PDT) anunciava o seu afastamento do governo de Agnelo, atendendo a recomendação da direção nacional do partido. Saem junto com ele o secretário do Trabalho e o administrador do Lago Norte.

O líder do governo na Câmara, Wasny de Roure (PT), confirmou a ação de Agnelo contra a CPI: "Não sou hipócrita. Ele pediu para que não assinássemos. Não por receio, mas por causa da turbulência que haverá", disse o líder.

Ele afirmou, porém, que a Câmara não terá condições de fazer a investigação proposta: "Poderá ser mais um processo pífio, de ridicularização da Câmara. Essa seria uma tarefa para a Polícia Federal".

 

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