Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
29/04/2012 - 08h49

Chalita vira arma para pressionar PT e PSDB em São Paulo

Publicidade

DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

Partidos insatisfeitos com o PT e o PSDB --siglas que polarizam a eleição em São Paulo-- estão usando a aproximação com o pré-candidato do PMDB, o deputado federal Gabriel Chalita, para ampliar a pressão nas negociações por alianças na capital.

Chalita pretende se consolidar como terceira via na disputa e se apresenta como um candidato com boas relações tanto com o governo federal, da petista Dilma Rousseff, quanto com o estadual, do tucano Geraldo Alckmin.

O DEM, tradicional aliado do PSDB, foi o primeiro a indicar que poderia apostar em Chalita como forma de fustigar e pressionar o pré-candidato tucano, o ex-governador José Serra.
Agora, movimento semelhante foi deflagrado pelo PP, do deputado Paulo Maluf.

O DEM reivindica a vice na chapa de Serra e, desde o anúncio da candidatura do tucano, vive um cabo de guerra com o prefeito Gilberto Kassab, que também almeja vaga para o partido que fundou, o PSD.

O movimento do PP é mais recente. Nas últimas duas semanas, Maluf fez chegar aos ouvidos de Alckmin que está insatisfeito com o espaço que seu partido ocupa no governo e ameaçou abrir negociação com Chalita.

INSATISFAÇÃO

O PP tem a chefia da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), mas Maluf reclama da falta de poderes de seu indicado na autarquia e pressiona para que seu partido chefie a Secretaria de Habitação, à qual a CDHU é vinculada.

Há ainda outro tradicional parceiro dos tucanos na órbita de Chalita: o PTB. Antigo aliado de Alckmin, o presidente estadual da sigla, deputado Campos Machado, está com as relações estremecidas com o governador.

No lado petista, dois partidos que estiveram com o PT na eleição de 2010 agora acenam com a possibilidade de formar um bloco com Chalita para impedir a polarização da disputa entre PT e PSDB.

Encabeçam a tese do bloco da chamada "terceira via" o PRB e PC do B. A ideia foi ventilada pelos pré-candidatos das duas siglas, Celso Russomanno (PRB) e Netinho de Paula (PC do B).

"Ninguém está falando em abrir mão da candidatura. A ideia é montar uma frente, para caminharmos juntos e ver, em junho, quem está melhor nas pesquisas", disse Russomanno.

Chalita já avisou que discute a aliança, mas não abre mão da cabeça de chapa. Para conter o assédio aos parceiros, Alckmin e Serra mergulharam nas negociações.

O pré-candidato esteve há cerca de uma semana na casa de Campos Machado, o presidente do PTB. Em conversa de quase duas horas. Ficaram de conversar novamente em meados de maio.

Serra procurou Maluf. Alckmin, por sua vez, mantém estreito contato com o DEM. Prestigiando os presidentes nacional e estadual da sigla, o senador Agripino Maia e o advogado Alexandre Moraes.

Do lado petista, é esperada a atuação de parceiros na esfera nacional, como o ministro Aldo Rebelo (Esporte), do PC do B, e o mergulho de Lula nas negociações, antes recolhido por conta do tratamento de um câncer.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página