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29/07/2012 - 06h00

Valério diz que vive 'momento difícil' e que teme por filhos

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PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse viver um "momento muito difícil" às vésperas do julgamento do mensalão, no Supremo Tribunal Federal, no qual é réu. Afirmou também que está "extremamente preocupado" com a sua família.

Marcelo Prates - 2.dez.2011/Hoje em Dia/Folhapress
Marcos Valério, quando foi preso em dezembro
Marcos Valério, quando foi preso em dezembro

Valério respondeu por escrito a um dos questionamentos feitos pela Folha sobre sua rotina, seus medos e suas expectativas diante do maior julgamento da história do STF, que começará na próxima quinta-feira.

Valério não quer dar entrevistas. Em um único parágrafo, falou em ansiedade, mas disse confiar na Justiça.

"Estou ansioso, como todo ser humano ficaria numa situação dessa. É um momento muito difícil, pois não sei o que pode advir do julgamento", afirmou.

O empresário acrescentou: "Estou extremamente preocupado com meus filhos, com minha família. Mas tenho confiança na Justiça".

Casado, Valério tem um casal de filhos, uma moça e um garoto. Desde que o escândalo do mensalão veio à tona, em 2005, a vida social da família --que mora em uma casa na região da Pampulha, em Belo Horizonte-- praticamente deixou de existir.

Valério é apontado pela Procuradoria-Geral da República como o "operador do mensalão", responsável pelo núcleo operacional do suposto esquema de desvio de recursos públicos para compra de apoio de aliados do governo Luiz Inácio Lula da Silva entre 2003 e 2004.

O empresário é acusado de ter cometido cinco crimes, entre eles o de formação de quadrilha e o de corrupção.

No julgamento em Brasília, sua defesa será a quarta a se manifestar entre os 38 réus, que inclui políticos do PT. Mas Valério não deverá comparecer ao julgamento.

Ele preferiu não fazer nenhum comentário sobre o processo, tarefa que sempre compete a seu advogado, Marcelo Leonardo.

DEFESA

A sustentação oral que o advogado fará no dia do julgamento seguirá a mesma linha da defesa apresentada por escrito em 2011.

Leonardo vai afirmar que os empréstimos de Marcos Valério registrados nos bancos Rural e BMG não são fictícios, como alega o Ministério Público Federal.

Apontará ainda que os contratos com órgãos públicos foram executados e que o dinheiro repassado aos políticos saiu apenas dos empréstimos bancários.

Por fim, Leonardo sustentará que somente as provas colhidas em juízo podem condenar Valério, e não as colhidas pela CPI que investigou o suposto esquema e pela Polícia Federal.

 

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