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07/08/2012 - 19h41

Defesa de banqueira diz que Rural 'foi vítima de sua própria transparência'

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DE BRASÍLIA

A defesa de Kátia Rabello no processo do mensalão negou nesta terça-feira no STF (Supremo Tribunal Federal) que os empréstimos do Banco Rural com o empresário Marcos Valério, considerado operador do mensalão, foram irregulares e sustentou que a instituição financeira foi "vítima de sua própria transparência".

Kátia era presidente do banco na época do escândalo e atualmente é controladora da instituição, mas sem cargos executivos. Segundo a defesa, ela é "injustiçada", "está vivendo um inferno" e não pode ser responsabilizada por atos que não praticou.

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Ela é acusada de formação de quadrilha, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e gestão fradulenta de instituição financeira. Para a Procuradoria Geral da República ela negociou empréstimos fraudulentos que alimentaram os cofres do PT e o valerioduto.

A denúncia aponta que o Rural foi peça chave do esquema ao misturar os recursos obtidos via empréstimos com dinheiro público desviado por meio de contratos de publicidade com órgãos públicos, injetando R$ 32 milhões esquema.

Na época, o banco, segundo o procurador, tinha interesse na compra do Banco Mercantil de Pernambuco, que tinha uma "liquidação extrajudicial superior a R$ 1 bilhão", disse.

Para o advogado José Carlos Dias essa tese não se comprova. "Essa liquidação só ocorreu agora, em março desse ano, no governo Dilma Rousseff", disse.

Dias disse que Kátia se reuniu com Valério para cobrar a quitação dos empréstimos. "Se o empréstimo fosse fictício, era mais fácil fazer operação a perder de vista. As renovações eram sempre trimestrais. Ela não pode, de maneira nenhuma, ser responsabilizada por atos que não praticou", afirmou.

De acordo com a defesa, "existe um laudo da PF que afirmou a veracidade dos empréstimos". O advogado negou que o banco não tenha informado aos órgãos de controle os saques, que teriam permitido a compra de votos de parlamentares e partidos para formar a base do governo Lula no Congresso.

"Se o órgão de controle não questionou, não é razoável transferir essa responsabilidade aos administradores do Banco Rural",

A exemplo de outros defensonres, ele pediu a absolvição de sua cliente. "Katia merece respeito e não é possível que sem prova nenhuma o Ministério Público siga com a acusação."

 

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