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Absolvição no mensalão servirá de 'manual da corrupção', diz entidade
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NÁDIA GUERLENDA
DE BRASÍLIA
Diversas organizações sociais que lutam contra a corrupção se reuniram nesta quinta-feira (9), em Brasília, para discutir o processo do mensalão.
Participaram do encontro entidades como Contas Abertas, Transparência Brasil, Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral e Congresso em Foco. A iniciativa foi do Movimento 31 de Julho, do Rio, e do Instituto de Fiscalização e Controle, do Distrito Federal.
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Entenda o caminho do dinheiro
Leia as defesas dos réus
À tarde, parte deles foi assistir à sessão de julgamento no Supremo Tribunal Federal, que ouviu a defesa de mais cinco dos 38 réus no caso.
Para Altamir Tojal, um dos coordenadores do Movimento 31 de julho, caso haja absolvição dos réus do mensalão, será criada uma espécie de "manual da corrupção". "Se forem absolvidos, vai ser um tipo de manual: se fizer desse jeito, nada acontece, pode seguir em frente'", afirmou.
Tojal afirma que o julgamento não é só dos 38 réus que foram acusados. "É também para saber se a sociedade brasileira tolera certas práticas. O brasileiro está percebendo que o dinheiro que vai para a corrupção deixa de ir para o hospital, para a escola."
ACOMPANHAMENTO
Para ele, a sociedade está atenta e acompanhando o julgamento. A ausência de manifestantes em frente ao tribunal, afirma, não significa apatia da população com relação ao caso.
Tojal aponta o alto número de comentários nos sites de notícia e nas redes sociais como uma medida do interesse dos brasileiros. "O mensalão está disputando a atenção do público com a novela e ganhando das Olimpíadas", disse, referindo-se a outros acontecimentos atuais.
Para Ana Luiza Archer, também coordenadora do movimento, a avaliação das entidades a respeito do julgamento é muito positiva, e o caso ter ido a julgamento no Supremo já é, em si, uma vitória.
Como forma de manifestar apoio --e não protestar--, as entidades devem ir à frente do Supremo para dançar uma quadrilha na próxima quinta-feira (16).
"Nós, dos movimentos sociais, nos consideramos vencedores nesse momento, mas se a sociedade deixar de acompanhar os acontecimentos, podemos pôr tudo a perder", disse Tojal.
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