Em reunião sobre saúde, Serra critica ministério de 'liquidar' programas

Na primeira reunião que realizou só com pessoas e entidades ligadas à área da saúde em São Paulo, o candidato do PSDB à prefeitura, José Serra, acusou o Ministério da Saúde de ter "liquidado" programas iniciados por ele por política eleitoral.

No discurso mais forte que fez sobre o setor desde o início desta campanha, o tucano afirmou que o ministério, na gestão petista, deixou de lado programas como os mutirões e os genéricos.

"Nós vamos retormar os mutirões em Sâo Paulo. Vamos eliminar as filas Esse foi um programa liquidado no Ministério da Saúde só porque tinha o meu nome. Tinha a marca de outro partido [PSDB]. E vários outros programas", afirmou.

"O Ministério deixou de investir na difusão dos genéricos por um lado, e, por outro, deixou a máquina tomar conta. O que antes demorava três meses, quatro meses, passou a demorar um ano. E a gente sabe pra que isso serve: vender dificuldade pra colher facilidade", concluiu.

Diante de plateia especializada no tema, Serra apresentou promessas e fez ataques velados ao candidato do PT, Fernando Haddad. "Nós temos que ter em mente que público não é o que é só do governo. Público é o atendimento que é feito de maneira universal e gratuita. Uma santa casa é tão pública quanto um hospital", disse. Os adversários fazem um 'duplidiscurso'.

"Falam de um lado e falam do outro. Mas de um lado é querer acabar com tudo isso. Acabar, por exemplo, com a parceria que as Irmãs Marcelinas fazem com o hospital do Itaim Paulista, que até foi objeto de confusão de um candidato que foi lá achando que lá era o Hospital Tiradentes. Ele errou o bairro e errou o hospital".

Antes do início oficial da campanha, Haddad confundiu o Itaim Paulista - um dos bairros mais pobres da cidade de São Paulo - com o Itaim Bibi, um dos mais ricos.