Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
15/08/2012 - 07h30

Julgamento do mensalão tem defesa de Duda Mendonça nesta quarta

Publicidade

DE SÃO PAULO

Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) ouvirão as defesas dos últimos réus do mensalão nesta quarta-feira (15). Após as apresentações, Joaquim Barbosa, relator do caso, poderá inciar o seu voto.

No décimo dia de julgamento, a primeira defesa a falar será de José Luiz Alves, ex-chefe de gabinete de Anderson Adauto no Ministério dos Transportes, acusado de sacar R$ 600 mil do esquema.

Defesas de petistas alegam caixa 2 no 9º dia de julgamento do mensalão
Defesa de ex-assessora cobra 'choque de serenidade' no STF
'Dinheiro já chegou limpo', diz advogado de ex-deputado réu no mensalão
Acusação se baseia em um telefonema, diz defesa de ex-deputado

Em seguida, falarão a defesa de Duda Mendonça e Zilmar Fernandes, sócios na agência de publicidade que fez a campanha eleitoral para o ex-presidente Lula em 2002. Duda é acusado de recebeu R$ 11 milhões do valerioduto, dinheiro que não declarou e transferiu ilegalmente para contas no exterior.

Zilmar é acusada de sacar pessoalmente R$ 1,4 milhão do valerioduto para Duda Mendonça e de transferir recursos ilegalmente para fora do país.

VOTO

Caso não haja novos atrasos no cronograma do julgamento, a previsão é que Barbosa comece a ler seu voto ainda na sessão desta quarta-feira. Como é relator do caso, Barbosa já preparou seu voto, que tem mais de mil páginas.Não há previsão de quanto tempo o ministro precisará para votar.

Uma questão de ordem proposta pela defesa de Carlos Alberto Quaglia, porém, pode atrasar o início da leitura. O defensor público Haman Tabosa de Moraes e Córdova pede a nulidade do processo contra Quaglia por causa de uma confusão processual.

O pedido pela nulidade alega cerceamento de defesa, pois os depoimentos que incriminariam Quaglia teriam sido feitos sem a presença do contraditório, ou seja, sem o seu advogado para questionar as testemunhas.

A sessão desta terça está marcada para começar às 14h e será transmitida ao vivo pela Folha e pela TV Justiça (canal 53-UHF em Brasília), pela Rádio Justiça (104.7 FM em Brasília) e também pela internet.

CRONOGRAMA

Os ministros dividiram a análise do caso em duas partes. A primeira começou no dia 2 de agosto com a exposição do caso, a acusação da procuradoria-geral da República e as defesas dos réus. Os ministros votarão na segunda parte, prevista para começar no dia 15 de agosto.

Na primeira parte, as sessões começarão às 14h e serão diárias. Na segunda parte, as sessões continuam com início às 14h, mas ocorrem apenas três vezes por semana, às segundas, quartas e quintas.

O cronograma foi estabelecido pelos próprios ministros, mas pode sofrer mudanças como atrasos, que podem ocorrer com a votação de questões de ordem eventualmente levantadas por advogados dos réus.

Confira o calendário do julgamento

  • 2 de agosto O primeiro dia de julgamento começou com a leitura do resumo relatório pelo ministro Joaquim Barbosa. Ricardo Lewandowski, revisor do caso, concordou com a análise de Barbosa. A leitura da acusação pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, estava prevista para a primeira sessão, mas os ministros atrasaram o cronograma discutindo longamente uma questão de ordem que pedia o desmembramento da ação. Depois de quase quatro horas de discussão, o plenário decidiu, com 9 votos a 2, que o processo continua no STF. Veja como foi o 1º dia do julgamento: Bate-boca entre ministros marca 1º dia de julgamento do mensalão
  • 6 de agosto Os advogados dos 38 réus começam a ler as defesas de seus clientes. Cada leitura deve durar até uma hora, ou seja, serão cinco defesas por dia. Os primeiros acusados a serem defendidos, na ordem, são José Dirceu, José Genoíno, Delúbio Soares, Marcos Valério Fernandes e Ramon Hollerbach. Veja como foi o 3º dia do julgamento: Defesa tenta desqualificar acusação no terceiro dia de julgamento
  • 15 de agosto Os advogados leem as últimas defesas, as dos réus José Luiz Alves, Duda Mendonça e Zilmar Fernandes. Em seguida, os ministros começam a votação, que começa com o voto do relator, Joaquim Barbosa, seguido pelo revisor, Ricardo Lewandowski. O restante da votação segue a ordem inversa de tempo de casa. A primeira a votar é a mais nova nesta formação do Supremo, a ministra Rosa Weber. Seguida por Luiz Fux, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Gilmar Mendes, Cezar Peluso, Marco Aurélio e Celso de Mello. Como os ministros não tem tempo determinado para ler seus votos, o julgamento não tem prazo para terminar, podendo estender-se até setembro.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página