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31/08/2012 - 06h00

João Paulo sofre nova punição e deixa eleição em Osasco

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DE BRASÍLIA
DE SÃO PAULO

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, encerrou a primeira parte do julgamento do mensalão aplicando nova condenação ao deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que horas depois anunciou a seu grupo político a desistência de concorrer à Prefeitura de Osasco.

A nova punição no caso do mensalão -o petista agora está condenado por três crimes- aumenta as chances de ele ter de cumprir parte da pena em regime fechado.

Britto proferiu o sexto voto para condenar o petista por lavagem de dinheiro e também o considerou culpado por corrupção passiva e peculato, crimes em relação aos quais já havia maioria na corte para a condenação.

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As punições aplicadas ao petista se referem a desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados, quando ele presidiu a Casa (2003-2005).

Segundo a acusação, João Paulo recebeu R$ 50 mil do empresário Marcos Valério Fernandes Souza para, em troca, o beneficiar em contrato com a Câmara.

Sua pena poderá ficar acima de oito anos e começaria a ser cumprida na prisão, em regime inicialmente fechado.

CHORO

Cunha informou ao PT a decisão de retirar sua candidatura em reunião na noite de ontem no Sindicato dos Bancários de Osasco. O vice de sua chapa, Jorge Lapas, assumirá a candidatura.

Segundo participantes, João Paulo chorou na reunião com os correligionários. Do lado de fora foi possível ouvir o prefeito de Osasco, Emidio de Souza (PT), dizer que a hora é de "enxugar as lágrimas" e seguir em frente.

João Paulo não falou com a imprensa.

Na saída do encontro, militantes do PT empurraram e agrediram jornalistas e fotógrafos. Mais tarde, Emidio se desculpou, em nome do PT, pelo ocorrido.

RURAL

No voto sobre João Paulo, o presidente do Supremo também condenou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, Marcos Valério e ex-sócios. Também contra esses já havia maioria para a punição.

"[O processo] não deixa dúvidas de que as posições funcionais de João Paulo Cunha e Henrique Pizzolato foram decisivamente utilizadas para beneficiar as empresas de Marcos Valério."

Falta ainda o voto de Rosa Weber no caso de lavagem de dinheiro contra João Paulo, mas o placar está em 6 a 4.

O tamanho das penas só será definido no fim do julgamento no STF.

(FELIPE SELIGMAN, FLÁVIO FERREIRA, MÁRCIO FALCÃO, NÁDIA GUERLENDA, RUBENS VALENTE, CATIA SEABRA E DANIEL RONCAGLIA)

 

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