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Russomanno chama 'gerentão' de Pitta para conquistar idosos
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DIÓGENES CAMPANHA
DE SÃO PAULO
Homem-forte e escudeiro da gestão Celso Pitta (1997-2000), o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) foi integrado ontem à campanha de Celso Russomanno (PRB) à Prefeitura de São Paulo.
Ele atuará como coordenador da campanha do PRB voltado aos idosos. Na mais recente pesquisa Datafolha, realizada em 10 e 11 de setembro, os eleitores com mais de 60 anos são a única faixa etária em que o líder Russomanno perde para José Serra (PSDB) --27% contra 34%.
Juca Varella/Folhapress |
Deputado federal Arnaldo Faria de Sá discursa para aposentados ao lado de Russomanno |
O candidato do PRB também perdeu dez pontos percentuais nesse grupo. No levantamento realizado em 3 e 4 de setembro, marcava 37%.
Faria de Sá, que se apresenta como "o deputado dos aposentados, pensionistas e idosos", afirma que o convite foi feito há um mês.
Ontem, ele levou Russomanno à posse da nova diretoria da Federação dos Aposentados do Estado de São Paulo, que anunciou apoio ao candidato depois de ele prometer criar centros de convivência, ampliar o número de vagas para idosos em estacionamentos e em programas habitacionais da Cohab.
CONTRA O IMPEACHMENT
No sétimo mandato como deputado em Brasília, o parlamentar teve atuação de destaque na gestão Pitta. Em junho de 2000, Arnaldão, como foi conhecido, assumiu a Secretaria Municipal de Governo durante a mais grave crise daquele mandato.
Acusado de enriquecimento ilícito e de ter beneficiado um empresário, Pitta havia sido afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Reconduzido à prefeitura por decisão do Superior Tribunal de Justiça, nomeou Faria de Sá para a pasta, responsável pela articulação política com vereadores.
Antes de assumir o cargo, Faria de Sá negociou com a Câmara a absolvição de Pitta no processo de impeachment que ele sofria na Casa. Na secretaria, assumiu funções administrativas e se tornou, na prática, o prefeito da cidade.
Na época, Faria de Sá era chamado de "gerentão do Pitta". O ex-prefeito terminou o governo com 81% de reprovação, segundo o Datafolha.
"Não me arrependo. Salvei o mandato dele naquele final. Fiz um bem para a minha cidade. Me prejudiquei politicamente, mas valeu a pena."
Para Faria de Sá, o problema do ex-prefeito foi "falta de comando". "Tanto que assumi nessa condição. Falei: 'Negão, me dê carta branca'."
Durante aquele governo, ele chegou a se referir a Pitta como "negro decente".
Apesar de ser um raro integrante do estafe de Russomanno com experiência no Executivo, o deputado nega que pretenda repetir a dose num eventual governo do candidato do PRB. "Meu trabalho é em Brasília. Mas ele pode contar comigo se quiser indicação ou orientação."
O parlamentar diz ver só uma semelhança entre Pitta e Russomanno. "Só o prenome [Celso], nada mais." Celso Pitta morreu em 2009, no ostracismo político, em decorrência de um câncer.
Diogo Shiraiwa/Editoria de Arte/Folhapress | ||
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