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19/09/2012 - 05h30

Ter padrinho garante mais tempo de TV a candidatos

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BRUNA BORGES
LUCAS NEVES
DE SÃO PAULO

No horário eleitoral televisivo dos candidatos a vereador em São Paulo, apadrinhados e puxadores de voto de partidos pequenos têm até dez vezes o tempo de exposição de líderes de grandes legendas, como PT e PSDB.

Nos 20 primeiros blocos de propaganda política, exibidos entre 21 de agosto e o último dia 11, a campanha do empresário Marcelo Frisoni (PP) ficou dez minutos no ar --30 segundos por programa.

Frisoni, que tenta pela terceira vez ser vereador, é marido da apresentadora Ana Maria Braga e apadrinhado do deputado Paulo Maluf, presidente estadual do PP.

A exposição dele no horário político só se equipara à de Eliseu Gabriel (PSB), que busca o quarto mandato e somou idênticos dez minutos.

A título de comparação, duas figuras da linha de frente do PT municipal, os vereadores Arselino Tatto e Donato, tiveram cerca de um décimo da exposição de Frisoni --um minuto e 12 segundos e um minuto e quatro segundos, respectivamente.

No front tucano, Andrea Matarazzo, ex-secretário de Kassab e Alckmin e ex-ministro de FHC, apareceu um quarto do tempo de Frisoni. Já a Mario Covas Neto, filho do ex-governador de São Paulo e cofundador do PSDB, foram reservados dois minutos.

No PP há cinco anos, Frisoni escolheu o partido por "ser mais fácil", já que conhecia o "dr. Paulo": "Temos uma relação de respeito", diz.

Além de Frisoni, Netinho de Paula (PC do B), Gilberto Nascimento Jr. (PSC) e Lívia Fidelix (PRTB) também desfrutam de exposição privilegiada. Figuraram em todos os programas e totalizaram de seis minutos e 40 segundos (Lívia) a oito minutos e 23 segundos (Netinho).

O candidato do PC do B abre os programas e ocupa 40% do tempo da sigla. Nascimento Jr., filho do presidente do diretório paulista do PSC, abocanha pelo menos 30% do espaço da legenda. Já a Lívia, filha do presidente do PRTB, Levy Fidelix, cabe 50% do tempo de seu partido.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
 

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