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Rosa Weber absolve seis réus da acusação de lavagem
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DE SÃO PAULO
A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber votou nesta quinta-feira pela absolvição de seis réus do mensalão ligados ao PT da acusação de lavagem de dinheiro.
Rosa Weber seguiu o entendimento dos colegas Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio , divergindo em relação ao voto do relator, Joaquim Barbosa, e inocentou o ex- ministro Anderson Adauto (Transportes) e os ex-deputados petistas Paulo Rocha (PA) e João Magno (MG).
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Saiba de quais crimes os réus são acusados
Os cinco ministros que votaram até agora absolveram o ex-deputado Luiz Carlos Silva (PT-SP), conhecido como Professor Luizinho, além dos ex-assessores Anita Leocádia e José Luiz Alves do crime de lavagem, por falta de provas.
Os seis réus são acusados de ter recebido, de forma oculta, dinheiro ilícito que era distribuído pelo empresário Marcos Valério.
Segundo a denúncia, Anderson Adauto, Rocha e Magno receberam do esquema R$800 mil, R$ 820 mil R$ 360 mil, respectivamente, por meio de intermediários ou esquema de lavagem oferecido pelo Banco Rural. Os acusados alegaram que o dinheiro era referente aos pagamentos de dívidas de campanha.
A ministra reforçou argumento do revisor de que o Ministério Público Federal não conseguiu provar que os réus tinham ciência da origem ilícita dos recursos.
"Não visualizo nos autos nem indícios que afastem de mim uma dúvida razoável com relação ao conhecimento para afirmar que eles tinham conhecimento de que os recursos provinham de ilícitos", afirmou.
Para Rosa Weber, não houve irregularidade no pedido de dinheiro dos réus ao tesoureiro do PT, Delúbio Soares. "Os fatos narrados na denúncia não parece, ao meu juízo, caracterizar aquilo que entendo que deva ser compreendido como crime de lavagem de dinheiro. Tenho dificuldade de entender de que parlamentares do PT se dirijam ao tesoureiro, atividade licita, corriqueira, e recebam esses recursos", disse.
O relator, Joaquim Barbosa, reagiu e disse que os réus não receberam dinheiro do PT, mas do esquema do valerioduto.
"A procura foi sim motivada pelo conhecimento de que metade do Congresso Nacional sabia desse vasto esquema de distribuição de propina. Foi isso que motivou a procura de Delúbio", disse.
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