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Sérgio Guerra critica uso de debate religioso em São Paulo
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ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
O presidente nacional do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), criticou nesta quarta-feira (17) o debate em torno de questões religiosas na disputa pela prefeitura de São Paulo.
Crítico do material anti-homofobia produzido pelo MEC (Ministério da Educação) durante a gestão de Fernando Haddad (PT), José Serra (PSDB) distribuiu cartilha com conteúdo semelhante a escolas de ensino médio de todo o Estado, em 2009.
Os dois disputam uma vaga para o comando da Prefeitura de São Paulo no próximo dia 28. Em meio à busca de votos de representantes dos setores da Igreja, o tema do kit é alvo de constantes trocas de acusações entre os dois candidatos.
"Engraçado como as pessoas discutem inutilmente esse tipo de questão. Aqui a gente tomou a decisão de que esse negócio de igreja a gente não discute", disse o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, ao avaliar o desempenho do partido no primeiro turno das eleições municipais.
"A campanha resvala sobre elementos que não são os mais relevantes. Vai ter 'kit gay', foi a mamãe que fez ou vovó que receitou. Não é esse o problema. Se Serra tiver que ser prefeito de São Paulo, ele será porque é o melhor candidato. Ninguém provou até agora que o Haddad tem competência", acrescentou o tucano sobre o debate da autoria do kit.
Ao ser questionado sobre o impacto do julgamento do mensalão nas eleições municipais, Guerra subiu o tom das críticas contra o PT.
"Todas as vezes que esse assunto volta, essa marca se entranha mais ainda no ambiente do PT. Com agravante de que desta vez não é Sérgio Guerra que está colocando no PT essa marca. Quem está fazendo isso objetivamente é o Poder Judiciário. A gente tem a noção de que, todas as vezes que a palavra mensalão for pronunciada, o PT será lembrado", disse o tucano.
Questionado sobre o mensalão mineiro, ele disse que o partido não teme o julgamento, que é relativo à campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas em 1998. O processo ainda não foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
"Se tivesse mensalão em Minas, que se faça o julgamento. Não temos o menor receio quanto a isso", disse.
RESULTADOS
Nos cálculos da cúpula do PSDB, os resultados do primeiro turno das eleições não demonstraram a hegemonia de nenhum partido.
A maior concentração de perdas de prefeitos tucanos, no entanto, se concentrou na Bahia, Ceará e no interior de São Paulo. Por outro lado, segundo a avaliação dos tucanos, houve crescimento em áreas em que o partido tinha dificuldades, como as regiões Norte e Nordeste.
Um dos destaques lembrados foi a candidatura de Arthur Virgilio em Manaus. Ele disputa o segundo turno contra a senadora Vanessa Grazziottin (PC do B). O partido também tem candidato no segundo turno em Belém, Rio Branco, João Pessoa, Teresina, São Luís e Vitória.
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