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26/10/2012 - 07h00

Especialistas analisam linguagem corporal de candidatos de SP; veja

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DE SÃO PAULO

Além de dominar filigranas das respectivas plataformas de campanha, os candidatos a prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) devem, durante os debates de TV, buscar harmonizar o falatório com expressões faciais, repertório gestual e postura.

Isso porque, segundo um estudo da UCLA (Universidade da Califórnia em Los Angeles), 93% da comunicação humana se dá por vias não verbais. Ou seja: as minúcias do que se fala importam menos do que a maneira como o discurso é enunciado, aquilo que embala as palavras.

"O não verbal sobressai quando não se está confortável, quando há descontrole na esfera do verbal", diz a professora da PUC-SP e da Santa Casa Marta Assumpção de Andrada e Silva.

Editoria de Arte/Folhapress

Veja em vídeo os gestos analisados pelos especialistas:

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A Folha convidou fonoaudiólogos e especialistas em linguagem corporal para analisar o que transcende as palavras no desempenho dos dois finalistas da eleição paulistana em encontros televisivos organizados no segundo turno.

Na opinião dos entrevistados, a experiência eleitoral acumulada por Serra (e o quinhão de treinamento para debates que veio a reboque) faz com que ele lance mão de ênfases com mais frequência do que o rival e imprima maiores didatismo e fluidez a seu gestual, além de manter a face quase sempre impassível a ataques do interlocutor.

"Ele parece ter mais consciência do movimento, do corpo", diz a professora da Universidade Gama Filho Camila Mercatelli.

No entanto, para Andrada e Silva, o treinamento faz o tucano por vezes resvalar no artificialismo, na falta de espontaneidade. De acordo com a professora, Haddad exibe um timbre "mais afetivo" do que o do oponente (de voz mais seca) e uma postura "altiva, segura" que se contrapõe à postura "mais acanhada" de José Serra.

O ROSTO FALA

"A expressão facial e a oscilação do tom de voz são os pontos por meio dos quais ele 'entrega' a irritação", observa ela, citando sobrancelhas levantadas e cenho franzido como traços reveladores de nervosismo, contrariedade ou incômodo que tenham sido eventualmente camuflados pela fala.

Mercatelli e Andrada e Silva também discordam em relação à leitura sobre um elemento recorrente na performance do candidato do PSDB: a enunciação da fala com as mãos espalmadas.

A primeira afirma que a imagem pode sugerir abertura de pensamento, transparência, convicção no que diz, ao passo que a segunda vê ali descontrole e falta de plasticidade. (LUCAS NEVES)

 

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