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27/10/2012 - 19h53

São Paulo e Curitiba podem ter viradas inéditas de segundo turno

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FELIPE BÄCHTOLD
DE PORTO ALEGRE

Duas das maiores capitais brasileiras podem ter neste domingo viradas inéditas na história de suas eleições.

Os candidatos Fernando Haddad (PT), em São Paulo, e Gustavo Fruet (PDT), em Curitiba, terminaram o primeiro turno em segundo lugar, mas, de acordo com as pesquisas, são favoritos para conquistar essas prefeituras.

Reverter uma desvantagem no curto período de campanha do segundo turno não é tão comum. Levantamento feito pela Folha com base nos resultados das eleições para prefeito desde 1992 mostra que menos de 25% dos candidatos que não chegaram na frente na primeira votação acabaram eleitos.

Dos 161 candidatos que lideraram o primeiro turno, 123 confirmaram a vitória no segundo até a eleição de 2008.

A maioria dos casos de virada envolve disputas que ficaram quase empatadas na primeira parte. Apenas 11 prefeitos se elegeram após terminarem a primeira votação com dez pontos percentuais ou mais de desvantagem nos votos válidos.

Das 50 cidades onde há segundo turno neste ano, em 17 delas há candidatos que precisam tirar esse índice ou mais. Nas capitais, a maior desvantagem é a de Vanessa Grazziotin (PC do B), em Manaus. Ela ficou 20,6 pontos atrás do tucano Artur Virgílio Neto na primeira votação.

Um fator que tende a alavancar viradas é a rejeição do adversário que liderou a primeira etapa.

Em São Paulo e na capital do Paraná, os líderes da primeira votação sofreram com esse problema.

O tucano José Serra apareceu nas pesquisas nas últimas semanas com taxas de rejeição de mais de 50%. Para o candidato Ratinho Junior (PSC) em Curitiba, esse índice superou os 40%.
mais respaldo

O recordista de virada em campanhas municipais é o atual prefeito de Santo André (SP), Aidan Ravin (PTB), que venceu a eleição em 2008 mesmo após ficar 27 pontos percentuais atrás do líder do primeiro turno. Neste domingo, ele precisa virar uma desvantagem de cinco pontos na primeira votação.

Jundiaí (SP) terá segundo turno porque um candidato do PC do B deixou de obter apenas 0,02 pontos ou 50 votos para definir a eleição já no início do mês.

Até o fim da década de 80, a legislação eleitoral não estabelecia a realização do segundo turno. Desde então, a etapa ocorre só em cidades com mais de 200 mil eleitores onde um candidato não tenha obtido mais de 50% dos votos válidos.

A cientista política Márcia Ribeiro Dias, da PUC do Rio Grande do Sul, diz que os confrontos diretos podem beneficiar quem ficou atrás na primeira votação.

A ideia da realização do segundo turno, diz, é garantir um "respaldo popular" ao eleito, o que poderia não ocorrer em votação única.

 

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