Em Manaus, prefeito Amazonino Mendes diz que votou em tucano

O prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PDT), afirmou neste domingo (28) que votou no candidato do PSDB, Arthur Virgílio. Ele também fez críticas à presidente Dilma Rousseff.

Desde o início da campanha eleitoral, Amazonino escondeu quem iria apoiar por temer que o desgaste político afetasse seu sucessor.

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"Vou votar no Arthur Virgílio", disse antes de votar em uma seção eleitoral na zona centro-sul de Manaus.

No primeiro turno, ele afirmou que "todo mundo sabe quem é meu candidato". Seu partido, o PDT, secretários municipais e vereadores da base aderiram à campanha do tucano.

Líder de um grupo hegemônico com 30 anos de alternância no Executivo, Amazonino, 72, não cumpriu promessas de campanha para resolver problemas cruciais da cidade: a falta de água, a deficiência no transporte público, o lixo urbano e a construção de mil creches, entre outras.

No duelo entre Virgílio e a adversária Vanessa Grazziotin (PC do B), que é apoiada pelo PT, ela usou o nome de Amazonino para dizer que o tucano era ligado ao continuísmo do atual governo. Também distribuiu panfletos dizendo que a aliança dos dois representava o "atraso de Manaus".

Em entrevista neste domingo, Amazonino disse que não cumpriu parte de suas promessas por falta de apoio dos governos estadual e federal. "Antigamente havia parceria, em que se ajudava um ao outro, e não para sabotar. Desta vez, não houve nada disso."

"Durante todo o meu mandato, a presidente Dilma nunca me recebeu. A única vez que ela falou comigo foi quando veio tentar ser eleita (em 2010)", afirmou o prefeito.

Eleito em 2008, Amazonino Mendes já esteve à frente do cargo por duas vezes (1983-1986 e 1993-94). Foi três vezes governador do Amazonas (1987-1990, 1995-1998 e 1999-2002) e senador (1990). Em 1997, esteve envolvido no escândalo da compra de votos para emenda da reeleição de FHC.

No final da manhã de hoje, policias federais detiveram dois motoristas de veículos que distribuíam material de campanha, sendo um do candidato Arthur Virgílio e outro de Vanessa Grazziotin, na zona norte de Manaus.