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Vitória de Donizette em Campinas fortalece mais o PSB
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MARÍLIA ROCHA
DE CAMPINAS
VALMAR HUPSEL
ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS
Numa disputa que teve o envolvimento direto dos principais nomes da política nacional, Jonas Donizette (PSB) se elegeu ontem prefeito de Campinas, no interior paulista, com 58% dos votos.
Ele venceu Marcio Pochmann (PT), indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teve 42%.
A vitória de Donizette representa uma conquista para o PSB, que ganha o terceiro maior colégio eleitoral do Estado (785 mil eleitores), e também para o PSDB do governador Geraldo Alckmin, um de seus apoiadores.
Jonas Donizette (PSB) é eleito prefeito de Campinas
Nacionalizada, a eleição de Campinas era uma das prioridades do presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que tenta se credenciar para disputar a Presidência em 2014.
A derrota de Pochmann foi relativizada pelo PT. Estreante em eleições, o petista começou a campanha com 1% das intenções de voto.
Apoiado por Lula, pela presidente Dilma Rousseff e por ministros, deixou o atual prefeito, Pedro Serafim (PDT), em terceiro lugar.
Donizette disse que "Lula tem seu prestígio, mas em eleição municipal vale mais a história de vida do candidato".
"A vitória em Campinas ajuda a dar força ao processo de governabilidade do PSB e recoloca Campinas no mapa da política", afirmou o eleito.
Ex-radialista, Donizette elegeu-se vereador pela primeira vez em 1992. Em 2002, foi eleito deputado estadual e, em 2010, deputado federal.
Nesta campanha, explorou a aliança com o PSDB para dizer que terá bom trânsito tanto no governo estadual quanto no federal, já que seu partido integra a base de Dilma.
Pochmann agradeceu à militância, que, segundo ele, foi responsável pelo crescimento de 50% dos votos em relação ao primeiro turno. "A cada três disputados nós ganhamos dois. Jonas cresceu apenas 25% do que tinha."
O petista disse que voltaria a assumir funções na universidade (Unicamp). "Mas não abandonarei o papel politico que essa candidatura abriu."
O PSB usou o julgamento do mensalão e o histórico do PT na cidade para atacar Pochmann. Entre 2001 e 2004, Izalene Tiene (PT) administrou a cidade e acabou o mandato com alta rejeição.
O partido também teve a imagem arranhada após o episódio em que Demétrio Vilagra (PT) foi destituído da prefeitura depois de assumir o lugar do ex-prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT).
Ambos foram cassados pela Câmara Municipal por omissão diante de um suposto esquema de corrupção.
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