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30/10/2012 - 05h50

Haddad derrota Serra nas zonas mais pobres de reduto do PSDB

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DE SÃO PAULO

As nove Zonas Eleitorais dentro do reduto tucano em que o PT venceu a eleição anteontem coincidem com os distritos que têm as menores rendas médias dessa região da capital paulista.

Desde 2004, o rival do PT no segundo turno da disputa pela prefeitura paulistana vencia em 32 das 58 Zonas Eleitorais da cidade, todas mais próximas do centro.

Foi assim em 2004, quando José Serra (PSDB) bateu Marta Suplicy (PT),e em 2008, ano em que Gilberto Kassab (então no DEM) foi reeleito, também contra Marta.

No domingo, Fernando Haddad fez o PT penetrar nessa região pela primeira vez desde 2000, vencendo em 9 das 32 zonas. Elas correspondem aos distritos em que moram as pessoas com a menor renda dessa área tucana.

Em Lauzane Paulista, por exemplo, onde Haddad bateu Serra por 52% a 48%, fica o distrito de Cachoeirinha (zona norte). Lá vivem as pessoas com a menor renda média individual de todo o perímetro tucano: R$ 510 mensais, de acordo com o IBGE.

Outro exemplo é Cangaíba (zona leste), onde as pessoas também têm renda média de R$ 510, e Haddad bateu Serra por 55% a 45%.

As vitórias de Haddad nessa região foram todas por uma margem de no máximo 20 pontos percentuais --exceção a Ermelino Matarazzo, em que o petista teve 32 pontos de vantagem sobre Serra.

Oito das nove Zonas Eleitorais em que Haddad venceu ficam na extremidade desse recorte. A única zona não fronteiriça é a Santa Ifigênia.

Lá estão os distritos do Pari e do Brás, que têm renda média individual de R$ 600 e R$ 720. No Jardim Paulista --onde Haddad teve sua pior votação anteontem-- a renda média chega a R$ 2.400, a segunda maior da cidade.

A votação do PT nesse reduto tucano reproduz o cenário da cidade como um todo: Haddad conseguiu suas melhores votações nas regiões com menor renda média.

Na zona eleitoral de Parelheiros, por exemplo, onde o petista teve sua maior vitória, estão os dois distritos com menor renda da cidade: Marsilac (R$ 245) e Parelheiros (R$ 450). (PAULO GAMA, ARIEL TONGLET E SIMON DOCROQUET)

Editoria de Arte/Folhapress
 

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