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PMDB perde espaço no Estado do Rio para PT e Garotinho
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DO RIO
O Rio sai das urnas dividido em três principais forças para as eleições de 2014.
Um dos motivos foi a perda de espaço do PMDB, que viu seu número de prefeituras ser reduzido de 42 para 24. Somam-se a isso a pulverização com 19 partidos diferentes ganhando prefeituras e as vitórias em grandes colégios eleitorais patrocinadas pelo ex-governador Anthony Garotinho (PR) e pelo senador Lindberg Farias (PT), pré-candidatos ao governo.
"A eleição no Rio mostrou que não há um partido hegemônico. O governador Sérgio Cabral ainda é uma liderança forte, mas não se pode desprezar as oito prefeituras conquistadas pelo PSB, de Eduardo Campos, e as seis do PSD de Gilberto Kassab", diz o cientista político Eurico Figueiredo, da UFF (Universidade Federal Fluminense).
A força do PMDB está apoiada pela vitória do prefeito Eduardo Paes na capital. Dos 5 milhões de votos que o partido conquistou no Rio, 2,09 milhões foram obtidos por Paes. Conquistou também Nova Iguaçu, o quarto colégio eleitoral do Estado.
Lideranças do partido apostam na manutenção da mega-aliança de 20 partidos.
O vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato à eleição de 2014, não quis comentar o desempenho do PMDB.
O governo prepara um grande pacote de obras que servirá para impulsionar o nome de Pezão. O vice-governador é o coordenador de infraestrutura, sendo responsável pelos projetos que serão lançados em todas as regiões.
A medida será importante ainda mais após as derrotas em São Gonçalo e Duque de Caxias, respectivamente os dois maiores colégios eleitorais após a capital.
A vitória em São Gonçalo deu força ao PR do ex-governador Garotinho. Em quatro anos, o partido saltou de três para sete prefeituras. Além disso, formou chapa em cidades representativas do interior, anteriormente dominadas pelo PMDB.
O PT manteve o número de prefeituras da eleição passada: 11. Mas teve participações em duas vitórias do PSB, em Duque de Caxias e em Petrópolis. Ambas contra Cabral e caciques locais do PMDB, como o presidente regional do partido, Jorge Picciani.
"Lindberg surge como uma liderança forte e sem ter Lula como padrinho. Se a eleição aponta a sobrevivência de Garotinho, mostra que há uma liderança emergente", afirma Figueiredo.
Em Petrópolis, maior cidade da região serrana, a vitória foi da chapa PSB-PR. Vitória da dupla Lindberg-Garotinho. (MARCO ANTÔNIO MARTINS)
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