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09/11/2012 - 13h36

Em manifesto, 50 entidades criticam atuação da PF em confronto com índios

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RODRIGO VARGAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM CUIABÁ

Um manifesto assinado por cinquenta entidades criticou a atuação da Polícia Federal no episódio do confronto com os índios da etnia Mundurucu, ocorrido na quarta-feira (7) no rio Teles Pires, na divisa entre os Estados de Mato Grosso e do Pará.

Funai confirma morte de índio em confronto com a PF

O episódio foi "mais um capítulo de uma novela pautada pelo descaso, violência e destruição das terras e dos povos indígenas", segundo o documento.

"Saldo até agora conhecido: vários índios gravemente feridos; crianças, idosos e mulheres ameaçados e humilhados pelos agentes federais; e um Munduruku assassinado", diz um trecho.

Oficialmente, foram confirmados oito pessoas feridas: seis índios (sendo dois com gravidade) e dois policiais.

A Polícia Federal até o momento não se manifestou sobre o caso do índio Adenílson Crixi, 28, que desapareceu durante o confronto e teve seu corpo encontrado no dia seguinte, com três ferimentos a bala.

"500 anos se passaram desde a chegada europeia a pindorama, mas o confronto de ontem repete o que ocorria no início da invasão. Índio (Munduruku) com flecha defendendo o seu território, e branco (Policial Federal) com arma de fogo abatendo quem encontrava pelo caminho", afirma o manifesto.

Entre os signatários do documento estão o Movimento Xingu Vivo, a CPT (Comissão Pastoral da Terra), o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da UFPA e partidos políticos, como o PSOL e o PSTU. O grupo diz que a operação da PF atende a "interesses de empresários, ávidos pelos recursos minerais em terras indígenas".

"Por tudo isso, responsabilizamos o governo pelo ocorrido na aldeia Teles Pires. Exigimos que os fatos sejam apurados e os culpados pelos ataques e assassinato do índio Munduruku sejam criminalmente penalizados."

 

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