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09/11/2012 - 19h52

PF diz que índios descumpriram acordo e atacaram policiais em MT

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DE SÃO PAULO

A Polícia Federal divulgou nota na noite desta sexta-feira (9) em que relata a versão da instituição para o confronto nesta semana que terminou com feridos e um índio morto na região do rio Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará.

A ação da PF integrou a operação Eldorado, deflagrada para reprimir a extração ilegal de ouro em terras indígenas da região. Segundo a apuração, líderes indígenas participavam do suposto esquema, autorizando a presença de garimpeiros mediante pagamentos em ouro, combustível e outros valores. Há relato também de liderança que seria dono de balsa de extração ilegal.

Segundo a PF, o trabalho de destruição de balsas usadas na extração ilegal começou na terça-feira (6). Na ocasião, sempre segundo o relato da instituição, cerca de 60 índios tentaram invadir a localidade em que estava o coordenador da operação, visando impedir a ação policial.

Houve então uma negociação de quatro horas e, segundo a PF, o líder dos índios (o nome não é citado pela polícia) concordou que a operação continuasse no dia seguinte.

Na quarta-feira (7), ao chegarem nas proximidades da aldeia para continuar a operação, cerca de 35 policiais foram surpreendidos por uma emboscada de mais de cem índios "pintados para guerra", com armas de fogo e arcos e flechas. O líder indígena também atacou o coordenador da operação com um golpe de borduna (espécie de porrete) no ombro, segundo a PF.

A polícia diz que uma interceptação telefônica autorizada pela Justiça comprova que o líder indígena pretendia atacar os policiais.

A PF informou que os policiais usaram bombas de gás para proteção pessoal e de servidores do Ibama (órgão ambiental federal) e da Funai (Fundação Nacional do Índio) que participavam da operação. Disse ainda que usaram a "força necessária" para reprimir o ataque, dado o "grande número de disparos de armas de fogo vindos da aldeia".

A nota oficial não faz menção ao índio morto, apenas ao registro de ferimentos em "seis indígenas" e em três policiais (dois federais e um da Força Nacional de Segurança). A PF diz ter aberto inquérito para apurar os "incidentes".

Ao todo, 19 índios foram detidos para prestar depoimentos e liberados. Houve apreensão, com os índios, de quinze armas de fogo, facões, bordunas e arcos e flechas com pontas de ossos e pregos.

 

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