Publicidade
Publicidade
Dilma estende ações do programa Brasil Sem Miséria a quilombolas
Publicidade
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
Criticada por focar nos dois primeiros anos de governo ações para área econômica e de infraestrutura, a presidente Dilma Rousseff tenta retomar agenda social. Como parte dessa estratégia, ela estendeu ações do programa Brasil Sem Miséria a comunidades quilombolas.
"Não podemos permitir que nas comunidades quilombolas estejam as populações mais vulneráveis do nosso país. É por isso que, além da regularização fundiária, nós queremos que lá chegue crédito, assistência técnica, energia, água, canais de comercialização e o Luz para Todos", afirmou a presidente, no início da tarde desta quarta-feira (21).
Segundo Dilma, a desigualdade no Brasil tem gênero, raça e idade: "É predominantemente feminina, tem face negra e é preferencialmente uma coisa que afeta duramente as crianças".
Dilma participou de cerimônia no Palácio do Planalto para anunciar uma série de medidas para quilombolas, entre elas um mutirão para identificar comunidades, certificação de áreas e regularização fundiárias. No final da cerimônia, a presidente recebeu presentes e tirou fotos com representantes de quilombos de diferentes estados brasileiros.
Representantes das comunidades quilombolas estimam que existam cerca de 5.000 quilombos no país. Contudo, apenas 1.834 estão certificadas. Cadastradas, são cercas de 214 mil famílias em 24 estados do Brasil, de acordo com dados da Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial).
PLEITOS
Dilma ouviu da parteira e benzedeira Josefa Maria da Silva Santos, de Serra da Guia (SE), a necessidade de garantir acesso a crédito para os quilombolas. Também ouviu o pleito de Maria Rosalina dos Santos, integrante de uma comunidade quilombola do Piauí, que quer menos burocracia para que os projetos sociais deixem de existir apenas no papel.
Rosalina, que é também vereadora pelo PT, aproveitou a cerimônia para pedir providências para a área de 300 hectares disputada na Justiça entre a Marinha e a comunidade quilombola Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA)
O programa Brasil Quilombola inclui, além do mutirão para identificar novos quilombos e fazer a regularização fundiária de áreas pleiteadas há anos, ações de inclusão produtiva e cidadania, a serem executadas pela Seppir, em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Educação, da Cultura e do Desenvolvimento Agrário.
"As comunidades quilombolas estão sendo o nosso desafio de inclusão. Acreditamos que, quando incluímos as comunidades, teremos ultrapassado o legado mais perverso do racismo que marcou e ainda marca a história republicana do Brasil", disse a ministra Luiza Bairros (Seppir).
'POVO INTERESSANTE'
Durante o discurso, a presidente Dilma Rousseff afirmou ainda que o governo tenta reparar injustiças históricas. Ela destacou que a população brasileira é predominantemente negra e que o sangue africano predomina nas "nossas misturas".
"Porque se nós não tivéssemos essa mistura não seríamos o povo interessante e alegre que nós somos", disse Dilma.
+ Canais
+ Notícias em Poder
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice