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FHC rebate Carvalho e diz estar 'cansado de ouvir leviandades de quem está no governo'
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ERICH DECAT
DE BRASÍLIA
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso chamou de "levianas" as declarações do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) que afirmou na manhã desta segunda-feira (3) que os órgãos de fiscalização e controle do governo federal nunca tiveram tanta autonomia e liberdade.
"Acho que uma pessoa que tem posição de governo deve pensar duas vezes antes de dizer o que não sabe. Deve olhar para os seus próprios problemas", afirmou o tucano.
A corrupção não está mais debaixo do tapete, diz Gilberto Carvalho
Numa crítica explícita aos tucanos, o ministro, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, disse na manhã desta segunda-feira (3) que foi a partir do governo Lula, em 2003, que os órgãos de controle tiveram o aval do governo para agir de forma autônoma.
Eduardo Knapp/Folhapress |
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República |
"Tenho 81 anos, mas tenho memória. Esse senhor precisa pelo menos respeitar o passado, até o dele, para não continuar dizendo coisas levianas. Estou cansado de ouvir leviandades de quem está no governo. Aproveita posição do governo para jogar pedra no passado. Herança maldita está ai, recebida pela presidente Dilma", acrescentou FHC.
As declarações do tucano ocorreram no início do seminário que o partido promove em Brasília para avaliar os resultados das eleições municipais ocorridas no último mês de outubro. No momento em que FHC falou sobre as declarações de Gilberto Carvalho estava ao lado do presidente nacional do partido, deputado Sérgio Guerra (PE), e do senador Aécio Neves (MG).
As afirmações de Carvalho foram feitas momentos antes do seminário internacional Desafios da Construção da Democracia no Mercosul, em Brasília.
Questionado sobre a operação Porto Seguro, da Polícia Federal, o ministro considerou que nunca os órgãos de fiscalização e controle do governo federal tiveram tanta autonomia e liberdade até mesmo quando "cortam na própria carne".
A operação Porto Seguro flagrou um esquema corrupção e tráfico de influência com participação de diretores de agências reguladoras, da ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo e de outros funcionários do governo federal. Todos os envolvidos foram exonerados ou afastados dos cargos.
"Os órgãos todos de vigilância, fiscalização estão autorizados e com toda liberdade garantida pelo governo. Eu quero insistir nisso, não é uma autonomia que nasceu do nada, porque antes não havia essa autonomia, nos governos Fernando Henrique não havia autonomia, agora há autonomia, inclusive quando cortam na nossa própria carne", disse o ministro.
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