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Operação Porto Seguro mostra que ninguém está a salvo da Justiça, diz Gurgel
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FELIPE SELIGMAN
MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta segunda-feira que a Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, mostra que "ninguém em nenhum lugar está a salvo da Justiça".
O trabalho da PF flagrou um esquema de corrupção e tráfico de influência no governo federal, com suposta participação de diretores de agências reguladores, de José Weber Holanda, braço direito do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, íntima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Alan Marques/Folhapress |
O procurador geral da República, Roberto Gurgel |
Gurgel, no entanto, afirmou que ainda não analisou as informações sobre a operação que chegaram até ele, pois estava participando de um evento internacional do Ministério Público no Panamá.
Caberá a ele analisar se existem indícios da participação de personagens com prerrogativa de foro privilegiado no STF (Supremo Tribunal Federal), como deputados ou ministros do Estado e, em caso positivo, requisitar a abertura de um inquérito específico para esses personagens. Entre as possíveis autoridades que poderão ser alvo de investigação estão o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Múcio Monteiro.
"O sistema de Justiça atua com a necessária firmeza seja onde delitos estiverem sendo praticados", disse Gurgel. "Sem dúvida, havendo envolvimento dessas pessoas com prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal nós vamos examinar e adotar as providências que sejam necessárias", concluiu.
Nesta segunda-feira, o STF confirmou o recebimento de informações relativas à Porto Seguro. O material chegou diretamente da Justiça Federal em São Paulo ainda na semana passada. Segundo a assessoria de imprensa do Supremo, a documentação foi enviada diretamente à Procuradoria, sem qualquer análise prévia.
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