Líder do PT pede investigação sobre vazamento de novas declarações de Valério

O líder do PT da Câmara, Jilmar Tatto (SP), apresentou nesta quarta-feira (12) pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público investigue a conduta dos integrantes da Procuradoria-Geral da República que tomaram o depoimento prestado pelo empresário Marco Valério.

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O empresário afirmou à Procuradoria-geral da República que pagou despesas pessoais de Lula em 2003, por meio de depósitos na conta de uma empresa do ex-assessor pessoal de Lula, Freud Godoy, segundo revelou o jornal "O Estado de S. Paulo".

O depoimento realizado no último dia 24 de setembro foi acompanhado pela subprocuradora Cláudia Sampaio e a procuradora da República Raquel Branquinho. Além das duas, o advogado do empresário Marcelo Leonardo também assina o documento que deu origem ao processo na PGR.

No documento encaminhado ao Conselho Nacional do Ministério Público, Jilmar Tatto acusa Sampaio e Branquinho de terem agido de "forma abusiva, temerária e descabida".

"Causou surpresa que um depoimento prestado na sede da Procuradoria da República ter sido acessado, na íntegra, por um órgão de imprensa, antes mesmo da oficialização dos procedimentos consequentes", disse o petista em trecho do documento.

Tatto também questiona os motivos do suposto vazamento. "O que teria motivado uma atitude açodada e temerária justo de representantes de um órgão que tem o dever de zelar pela manutenção da ordem jurídica?"

No final do documento, de seis páginas, o petista pede a abertura de procedimento para se investigar a conduta das duas integrantes do Ministério Público e a instauração de procedimento disciplinar contra elas.