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18/12/2012 - 04h30

Adams afirma a aliados que é vítima de fogo amigo do PT

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CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Debilitado politicamente após a eclosão da Operação Porto Seguro, o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, se diz vítima de "fogo amigo".

Adams --que, na investigação, é citado em conversas interceptadas pela Polícia Federal-- afirma a aliados que está na mira de setores do PT desde que seu nome foi cogitado para a Casa Civil.

Para colaboradores de Adams, uma fatia do PT, parte dela de dentro do próprio governo, estaria estimulando a exposição de seu nome não só para fragilizá-lo no Palácio do Planalto, mas também para lançar uma cortina de fumaça sobre o real objeto da investigação: o esquema de compras de pareceres nas agências reguladoras.

A operação Porto Seguro investiga, entre outros, a ex-chefe de gabinete da Presidência Rosemary Noronha, acusada de tráfico de influência, corrupção, falsidade ideológica e formação de quadrilha.

Sergio Lima -29.out.2012/Folhapress
Advogado-geral da União, Luís Inácio Adams
Advogado-geral da União, Luís Inácio Adams

Rosemary é amiga e foi secretária do ex-ministro José Dirceu. Para apoiadores de Adams, remanescentes do grupo de Dirceu no governo estariam se valendo da aparição do nome do ministro para desviar o foco.

Além da perspectiva de poder na Esplanada, Adams teria, ainda segundo interlocutores, ganhado desafetos no mundo sindical após enfrentar os líderes grevistas da Polícia Federal, que hoje conduz as investigações.

Na opinião de apoiadores de Adams, a tentativa de envolvimento da ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) no esquema reforça sua tese. Indicada pela presidente Dilma Rousseff, Izabella foi acusada pelo ex-diretor da ANA (Agência Nacional de Águas) e pivô do escândalo, Paulo Vieira, de participação no esquema.

Ontem, Adams se reuniu com a presidente Dilma Rousseff, a quem exporia sua opinião. No Palácio do Planalto, a avaliação é de que o ministro sofreu escoriações no processo, mas não caiu em desgraça.

Deflagrada no dia 23 de novembro, a operação Porto Seguro levou à queda do braço direito de Adams, José Weber, acusado de envolvimento no esquema.

Adams é citado nas conversas e emails obtidos flagrados pela Polícia Federal.

Em um email a Viieira, Rose informa ter agendado uma audiência de uma juíza com o chefe da advocacia geral da União.

Numa outra conversa, gravada em 23 de novembro, dia que foi deflagrada a operação, Adams e Weber conversam sobre a investigação.

Adams consulta Weber sobre a possibilidade de acompanhar investigadores numa busca e apreensão na AGU. No telefonema, Weber afirma que o objetivo da operação deve "ser alguma coisa ligada com a Ilha de Cabras".

 

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