Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
05/02/2013 - 04h15

Ditadura ocultava torturas e mortes, diz Comissão da Verdade

Publicidade

DE BRASÍLIA

A ditadura militar (1964-1985) "acobertou", por meio de diretrizes secretas, "ações de graves violações" dos direitos humanos, disse ontem o coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Cláudio Fonteles.

Ele divulgou ontem mais três textos de sua autoria sobre a ditadura militar. Em novembro, ele havia divulgado os primeiros 11 textos.

Documento desmente versão de fuga de Rubens Paiva, diz Comissão da Verdade
Documento inédito mostra como Rubens Paiva foi preso
Livro sobre Rubens Paiva deve ser lançado neste ano

Agora Fonteles analisou o desaparecimento de Rubens Paiva, em 1971, o sequestro e desaparecimento de Edmur Péricles Camargo, no mesmo ano, e documentos que evidenciam uma política de ocultação de crimes cometidos pela ditadura.

Segundo os papéis, o governo determinou um plano de comunicação "no campo externo" que impedia a divulgação de informações a entidades de defesa dos direitos humanos, como a Anistia Internacional.

"Para manter a coesão de sua estrutura repressiva, acobertadas são as ações de graves violações contra a pessoa humana --torturas, desaparecimentos, assassinatos--, consumadas pelos agentes públicos do Estado ditatorial", disse Fonteles.

Como a Folha revelou, Edmur foi sequestrado em Buenos Aires com o apoio do Itamaraty e da FAB, que enviou um avião à Argentina. Fonteles associou o caso à Operação Condor.

Segundo ele, diplomatas de um centro de inteligência do Itamaraty articulavam-se em atuação estreita com os adidos militares. (MATHEUS LEITÃO E RUBENS VALENTE)

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página