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05/02/2013 - 21h46

Gurgel diz que ainda não decidiu para onde enviar indícios contra Lula

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MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse na noite desta terça (5) que ainda analisa para qual primeira instância do Ministério Público vai encaminhar o depoimento em que o empresário Marcos Valério faz uma série de acusações envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no esquema do mensalão.

Gurgel justificou ontem o atraso para encaminhar o material dizendo que precisou reexaminar o destino já que há braços do processo do mensalão em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Inicialmente, ele havia prometido despachar o depoimento até ontem para procuradores em São Paulo, local onde o petista mora.

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Alan Marques/Folhapress
O procurador geral da República, Roberto Gurgel
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel

"Fiquei examinando, e não consegui concluir hoje, uma questão da remessa. Pode ser que não seja para São Paulo", argumentou após sessão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Ele [Valério] se refere a coisas que começam em um determinado Estado, mas o pagamento é efetuado em outro. Isso gera uma perplexidade quanto ao local", completou.

Ele afirmou que a ideia é evitar que o procurador que receber o material rejeite alegando que não é competência dele.

O procurador disse que "não há dúvida quanto à remessa para a primeira instância", o que pode ocorrer ainda hoje.

Gurgel reafirmou que o pedido de investigação segue para a primeira instância porque "não há indícios de envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro e que não fará nenhuma orientação na remessa. "Eu não faço nenhum juízo, isso competirá ao colega que receber".

Quando o depoimento chegar aos procuradores, eles vão avaliar a necessidade de novas investigações. Se entenderem que o caso deve ser apurado, será aberta uma investigação sobre a atuação do ex-presidente no mensalão, que ocorreu nos dois primeiros anos de seus mandatos (2003-2010). Caso contrário, poderão arquivar o caso diretamente.

Valério foi condenado a mais de 40 anos de prisão no julgamento do mensalão e, em meio à análise do caso, prestou um depoimento apontando que o ex-presidente sabia da existência do esquema e que recursos movimentados teriam custeado despesas pessoais do petista.

 

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