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20/02/2013 - 15h37

Mesmo com visita de premiê russo, Brasil não fecha compra de baterias antiaéreas

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FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

Nem a visita do primeiro-ministro Dmitri Medvedev garantiu a compra de sistemas de defesa antiaérea da Rússia pelo governo brasileiro nesta quarta-feira (20). As negociações se arrastam há anos e a expectativa é que o acordo fosse fechado durante a estadia do premiê no país.

Segundo o site da Folha adiantou no último dia 1º, a negociação para a aquisição de baterias de mísseis antiaéreos russos de média altitude pelo Exército brasileiro está avançada e deverá envolver sistemas Pantsir-S1 e talvez Tor-2ME.

Em uma reunião de cortesia de pouco mais de uma hora, a presidente Dilma Rousseff recebeu Medvedev na manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto. Os dois líderes chegaram a discutir a compra, mas apenas formalizaram uma "declaração de intenções" que confirma a disposição de "incrementar, a partir de março de 2013, as negociações bilaterais com vistas à possibilidade de preparação de contrato para futuras obtenções". A declaração foi assinada por autoridades dos dois países.

Sérgio Lima/Folhapress
Dilma Rousseff recebe o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, no Palácio do Planalto; a presidente está com o pé lesionado após um acidente na Bahia durante o carnaval
Dilma Rousseff recebe o primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Medvedev, no Palácio do Planalto; a presidente está com o pé lesionado após um acidente na Bahia durante o Carnaval e usa sandália de borracha durante o encontro com o premiê

Dilma e Medvedev expressaram também interesse de estabelecer uma construção conjunta de produtos de defesa e transferência tecnológica entre os países.

Ao todo, foram assinados sete atos entre o premiê russo e o vice-presidente do Brasil, Michel Temer. Entre eles, estão por exemplo, memorando para inclusão da Rússia no programa Ciência sem Fronteiras e acordo que estabelece critérios fitossanitários para o trigo russo entrar no mercado brasileiro.

Segundo Medvedev, um dos temas tratados foi o cenário econômico internacional. "Compartilhamos tendências econômicas e estamos chegando a um consenso na maioria das posições da economia internacional, o que é muito importante considerando a instabilidade financeira da economia internacional."

Mais tarde, em cerimônia no Palácio Itamaraty, em Brasília, o premiê russo fez elogios ao Brasil e destacou a maior proximidade entre os países nos últimos anos. "A frequência dos nossos encontros mudou. Isso confirma que nossa relação realmente é estratégica e está relacionada à confiança mútua. Mostra que nossas economias estão se desenvolvendo de forma bastante dinâmica", disse o primeiro-ministro.

 

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