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Dilma não é 'mulher de mandar recado', diz Campos
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DE BRASÍLIA
"A Dilma não é mulher de mandar recado, nem eu sou homem de receber recado. Ela não é dada a esse tipo de coisa, nem eu", afirmou na terça-feira (26) o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PE), ao ser questionado se o recente discurso da presidente Dilma Rousseff pedindo "compromisso" aos aliados poderia ser interpretado como um recado a ele.
Ele participou ontem de audiência na Comissão Mista do Congresso sobre a MP dos Portos, que muda o marco regulatório do setor e a declaração foi dada quando ele deixava o local.
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No dia anterior, em Serra Talhada (PE), durante a inauguração de uma adutora, Dilma afirmou, ao lado de Campos, que "nenhuma força política sozinha é capaz de dirigir um país com essa complexidade". E completou: "Precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse caminho".
O discurso foi interpretado como uma cobrança, principalmente no atual contexto em que Eduardo Campos ameaça romper com o PT e lançar candidatura própria nas eleições presidenciais de 2014.
Ontem, durante a audiência, o governador trocou críticas com a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), demonstrando mais uma vez seu descontentamento com o governo federal.
Roberto Stuckert Filho - 25.mar.2013/Divulgação/PR | ||
Dilma Rousseff acena ao lado do governador Eduardo Campos (de branco) durante cerimônia em Serra Talhada, Pernambuco |
Ele defende uma mudança na MP para que os Estados que têm portos públicos não percam a autonomia para fazer licitações de arrendamento de novas áreas. A medida provisória passou essa competência à Secretaria de Portos, chefiada por Leônidas Cristino -que é do PSB.
Campos classificou a medida como um "capricho" do governo e disse que ela rompe o pacto federativo. "Se a gente quer honrar contrato, a gente precisa também honrar o contrato dentro do pacto federativo."
Para ele, "os propósitos da presidenta Dilma de melhorar o Brasil não podem colocá-la em posição de constrangimento com o pacto federativo. Se esticarmos esta corda não vai faltar quem venha a este parlamento".
Gleisi, por sua vez, criticou a autonomia dos portos para licitar. Disse que as empresas que gerenciam os terminais não foram competentes para fazer licitações de novas áreas e citou caso do porto de Suape, gerido pelo governo pernambucano.
"O governador falou aqui das dificuldades do arrendamento do terminal de açúcar do porto de Suape. Ele [o estudo] deve ter voltado umas seis vezes para fazer correções por falta de consistência", disse.
"A MP não retira a autonomia de nenhum Estado. Ela não diz respeito à questão federativa. Ela diz respeito à modernização", disse Gleisi.
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