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09/04/2013 - 15h42

Operação no Paraná prende policiais que acobertavam pirataria

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ESTELITA HASS CARAZZAI
DE CURITIBA

Uma operação do grupo de combate ao crime organizado do Ministério Público do Paraná prendeu, nesta terça-feira (9), 23 pessoas suspeitas de envolvimento com pirataria de produtos vendidos na rua 25 de Março e no Brás, em São Paulo.

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Entre os presos há dois policiais civis. O delegado-chefe da Polícia Civil em Apucarana (norte do Paraná), Valdir Abraão da Silva, também foi afastado das funções por decisão judicial. A Promotoria não soube informar quais suspeitas pesam contra ele.

De acordo com as investigações, os policiais presos, cujos nomes não foram divulgados, cobravam propina mensal de fabricantes de produtos falsificados. As indústrias ficam na região norte do Paraná, que reúne um polo nacional de confecções.

Os produtos eram revendidos para todo o país, em especial para lojas de comércio popular de São Paulo. Em troca da cobrança da propina, os policiais protegiam a atividade das empresas, fazendo vista grossa às irregularidades.

Para o Ministério Público, os investigados poderão responder por violação de marcas, sonegação, lavagem de dinheiro e corrupção.

Uma pessoa ainda estava foragida até a publicação desta reportagem.

AÇÃO NACIONAL

A ação faz parte de uma operação nacional deflagrada hoje pelo GNCOC (Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas), ligado ao Ministério Público dos Estados e da União.

De acordo com as investigações, as verbas desviadas, somadas, ultrapassam R$ 1,1 bilhão.

Nos bastidores, a interpretação é de que a operação foi deflagrada como forma de pressão contra a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que exclui o poder de investigação do Ministério Público e que está em análise no Congresso Nacional.

 

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