No meio da confusão, Fernando Gabeira soca e depois beija Tião Viana
No meio da confusão gerada pela presença dos deputados na sessão secreta que vai definir hoje o futuro político do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), sobrou soco até para o vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC). O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que sem querer deu um soco em Viana.
"Inadvertidamente, dei um soco no presidente [Tião Viana]. Mas agora nos beijamos e está tudo bem", disse Gabeira.
COLUNISTA FALA SOBRE O "DAY AFTER" DA SESSÃO DE VOTAÇÃO DO CASO RENAN
Segundo ele, o soco ocorreu na hora tumulto gerado pela tentativa dos seguranças do Senado de impedirem a entrada dos deputados no plenário da Casa. Um grupo de 13 deputados conseguiu no STF (Supremo Tribunal Federal) o direito de acompanhar a sessão.
Lula Marques/Folha Imagem |
Deputados trocaram socos com seguranças do Senado que, tentaram impedir a entrada |
Viana, que vai presidir a sessão que analisa o projeto de resolução que pede a cassação de Renan, confirmou que Gabeira pediu desculpas e que agora está tudo bem entre eles. "Ele me deu um soco e depois de me deu um beijo. Agora está tudo bem."
No meio da confusão, o deputado Raul Jungmann (PPS-PE) partiu para cima dos seguranças, que ainda não tinham sido informados da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do STF, de permitir a entrada de 13 deputados na sessão secreta.
Além de Jungmann e Gabeira, poderão acompanhar a sessão secreta os deputados Chico Alencar (PSOL-RJ); Carlos Sampaio (PSDB-SP); Luiza Erundina (PSB-SP); Raul Henry (PMDB-PE); Paulo Renato Souza (PSDB-SP); Luciana Genro (PSOL-RS); José Carlos Aleluia (DEM-BA); Alexandre Silveira (PPS-MG); Fernando Coruja (PPS-SC); Gustavo Fruet (PSDB-PR); José Aníbal (PSDB-SP).
Cartazes
Os seguranças também se irritaram porque os deputados tentavam entrar no plenário do Senado carregando cartazes contra a sessão fechada.
Após a confusão, os deputados conseguiram entrar no plenário. Anteriormente, Viana havia dito que iria recorrer para que o Supremo revisasse a decisão de autorizar a presença de deputados na reunião, mas depois voltou atrás.
De acordo com Viana, a permanência de deputados na reunião, não permite que ele, como presidente da sessão, possa de alguma maneira cobrar dos parlamentares da Câmara a mesma conduta dos senadores, que não poderão usar laptops nem celulares. "É uma decisão atípica [a do Supremo], que não condiz com as táticas adotadas", afirmou.
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