Procurador-geral diz que começou a analisar acusações contra Chalita
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, confirmou nesta quarta-feira (6) que começou a analisar material enviado pelo Ministério Público Estadual de São Paulo envolvendo o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) por suspeita de corrupção, enriquecimento ilícito e superfaturamento de contratos públicos.
Sem dar detalhes, Gurgel disse que pode descartar parte das acusações. "A princípio penso que possa haver algo a ser eliminado", afirmou.
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A Folha revelou no mês passado que Ministério Público Estadual abriu 11 inquéritos para investigar o deputado com base nas acusações do analista de sistemas Roberto Grobman, que afirma ter sido assessor do peemedebista na época em que foi secretário de Educação de São Paulo. O deputado nega irregularidades em sua gestão.
Sérgio Lima - 7.jan.2013/Folhapress |
Roberto Gurgel, procurador-geral da República |
Gurgel não se comprometeu com um prazo para concluir a análise. Como é deputado, Chalita tem foro privilegiado e a parte criminal da denúncia precisa ser investigada pelo Ministério Público Federal. Gurgel, após analisar os dados, vai decidir se pede abertura de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado.
Ontem, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo negou por unanimidade os recursos do Chalita para que fossem arquivados dois inquéritos abertos contra ele pela Promotoria do Patrimônio Público e Social. Uma das investigações trata da suposta entrega de presentes a Chalita pelo COC (grupo do setor educacional).
Chalita ganhou uma TV de plasma, sete computadores, dois smartphones e outros equipamentos eletrônicos da empresa.
A outra apuração analisada pelo conselho visa verificar se Chalita teve envolvimento em irregularidades no contrato para a compra de antenas parabólicas pela FDE (Fundação para o Desenvolvimento da Educação), órgão do governo estadual.
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