Dilma nega que esteja em campanha para reeleição
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (23) que não começou a pedir votos porque é "impossível" comandar o país e disputar antecipadamente as eleições ao mesmo tempo.
"Eu não estou em campanha. Sabe por que eu não estou em campanha? Porque eu tenho a obrigação, durante 24 horas por dia, de dirigir o Brasil. E quero dizer o seguinte: é impossível, impossível, qualquer desvio dessa rota. Talvez a única pessoa com interesse nenhum em discutir o processo eleitoral na metade do seu governo seja eu."
As barreiras dos potenciais candidatos de 2014
Questionada se a economia brasileira pode atrapalhar sua reeleição, a presidente disse que "tem muita gente que torcendo para o Brasil dar errado". Um repórter perguntou então quem seria. "É só você olhar", desconversou a presidente.
Perguntada se um deles é o senador tucano Aécio Neves, principal nome da oposição para disputar a eleição contra Dilma, a presidente afirmou: "Não perguntei para ele, meu querido, aí é sua função".
Ela disse ainda que não está curiosa com o programa partidário do PSB, legenda do governador pernambucano Eduardo Campos, outro potencial candidato presidencial. "Cada partido tem direito de fazer seu programa. Não estou curiosa nem com o meu". O PSB vai usar o programa de TV, nesta quinta-feira, para apresentar Campos e criticar, indiretamente, o governo Dilma.
Dilma voltou a falar sobre os "pessimistas", lembrando as previsões sobre racionamento de energia feitas no final de 2012.
"Eu estava desfrutando meus seis dias de descanso feliz da vida e eis que eu olho no jornal o seguinte: 'vai ter racionamento no Brasil'. Quero avisar a vocês que como estou velha nessa atividade, eu já vi falar que ia ter racionamento no Brasil em 2006, 2007, 2008 e 2009. Depois eu saí do governo e não acompanhei mais. Agora voltaram em 2013. É uma absoluta irresponsabilidade e absoluto pessimismo e joga contra os interesses do país dizer que vai haver racionamento quando não vai".
A presidente participou hoje da abertura da exposição "O olhar que ouve", que exibe o trabalho do artista Carlinhos Brown no Palácio do Planalto. No evento, Dilma tocou a caxirola, criação do músico baiano que pode se tornar o instrumento oficial da torcida na Copa do Mundo de 2014.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade