Arcebispo de São Paulo defende gastos com a Jornada Mundial da Juventude
O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo, declarou nesta segunda-feira (15) que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) será uma "injeção de sangue" na economia brasileira e defendeu os gastos para a realização do maior evento católico do mundo, que acontece no Rio entre os dias 23 e 28 e trará o papa Francisco ao país.
A Folha mostrou neste domingo que o encontro de jovens da igreja tem custo estimado entre R$ 320 milhões e R$ 350 milhões.
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Dom Odilo concedeu entrevista coletiva na sede da arquidiocese, em Higienópolis (região central de São Paulo), para falar sobre a Semana Missionária, programação pré-Jornada que receberá parte dos peregrinos na cidade antes de sua ida ao Rio de Janeiro.
"Alguns questionam o custo da Jornada e da vinda do papa, mas a vinda do papa é uma parte. O papa vem para um evento. O custo é do evento no seu conjunto, não só para a vinda do papa", disse o cardeal.
Ele afirmou que grande parte dos custos são pagos pelos próprios peregrinos - que arcam com inscrições que variam entre R$ 106 e R$ 600 e com a viagem ao Brasil - e que os valores deveriam ser tratados como "investimento nos jovens" e não como gastos.
Dom Odilo classificou ainda as despesas como "bem-vindas", porque geram divisas ao país.
"Não são despesas pagas a alguém que vai levar embora esse dinheiro. Esse dinheiro é derramado no Brasil. Está gerando impostos, trabalho e assim por diante. Falam que passa de R$ 300 milhões o cálculo das despesas. Eu diria: bem-vindas as despesas. É, sem dúvida, uma injeção de sangue na economia brasileira", declarou o religioso.
Lalo de Almeida - 10.mar.2013/Folhapress | ||
O cardeal brasileiro dom Odilo Scherer celebra missa na Igreja Sant'Andrea al Quirinale, em Roma |
SEMANA MISSIONÁRIA
Apesar de a Jornada no Rio acontecer entre os dias 23 e 28, dioceses de todo o Brasil promoverão a partir de amanhã a Semana Missionária.
Antes de ir para a capital fluminense, os jovens participarão de atividades religiosas, sociais e culturais até o dia 20, como preparação para a JMJ.
A Arquidiocese de São Paulo calcula que receberá 10 mil peregrinos, vindos de 58 países, durante esta semana.
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