Entenda a Sétima Estação da Via Sacra: Jesus cai pela segunda vez
Criada no século 15, por franciscanos, a Via Sacra é uma procissão dramatizada que representa os episódios da condenação, suplício e morte de Jesus Cristo na cruz, dividido em 14 estações.
A encenação do Rio foi concebida pelo diretor de teatro e televisão Ulysses Cruz.
Na Sexta Estação, Verônica sente piedade de Jesus e enxuga seu rosto.
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SÉTIMA ESTAÇÃO: JESUS CAI PELA SEGUNDA VEZ
REFERÊNCIA Casal de namorados
Intérprete: Carol Dutra, voluntária da Jornada Mundial da Juventude
Em verdade, ele tomou sobre si nossas enfermidades, e carregou os nossos sofrimentos: e nós o reputávamos como um castigado, ferido por Deus e humilhado. Mas ele foi castigado por nossos crimes, e esmagado por nossas iniqüidades; o castigo que nos salva pesou sobre ele; fomos curados graças às suas chagas. (Is 53, 4-5)
CENÁRIO
A Porta da Sentença.
O numeral VII está chumbado numa parede de pedra, posicionada em algum lugar da escadaria.
Uma escadaria toda irregular.
Em torno, toda a estrutura é feita de tubos, formando escadas que levam a platôs diversos. Tudo é ferro, cinza, preto.
Pelo cenário, vários contêineres secundários e, no alto (mas não no topo) um contêiner principal em tamanho real, fechado.
CENA
Já em cena, 12 casais fazem trabalhos braçais. Estão vestidos com diversos tipos de macacões de trabalho. Suas roupas estão sujas de trabalho pesado. Vemos trabalhadores de construção, metalúrgicos, mecânica, mas os de maior quantidade são os mineiros, com capacete com luz. A referência é o livro trabalhadores de Sebastião Salgado.
Eles se posicionam todos juntos e movem um contêiner para a posição correta. É um trabalho complexo e pesado, demandando força e organização.
Quando o contêiner chega na posição certa, os homens o abrem. Vemos que o contêiner se abre por inteiro, conforme os homens retiram suas paredes e as empilham.
A última parede é retirada, revelando uma imagem de Cristo carregando a Cruz, semelhante à da Terceira Estação, mas com uma pintura bem diferente. Aqui é madeira.
A cena se aquieta, todos observam a imagem que supomos ser uma estátua. Então, a imagem cai de joelhos e descobrimos que se trata de uma estátua viva.
Homens e mulheres se juntam em casais, distribuídos pela escadaria em diversas poses, em pé, sentados, etc.
Por outro acesso, entram os celebrantes que farão a meditação e ocupam um platô próximo do contêiner. Falam o texto.
MEDITAÇÃO
Senhor Jesus, Cristo Redentor, eis-nos aqui! Encontramos em teu Coração a nossa morada. Desde que começamos a namorar ensaiamos o jeito certo de construir uma família que tem papel fundamental na transmissão da fé e da vida. Contemplando a tua paixão entendemos que tudo isso foi por amor. Aprendemos, porém, que as nossas paixões não são um fundamento seguro. Só constrói sobre a rocha, quem edifica no amor (Cf. Mt 7,24-27). Dá-nos a sabedoria de começar a construção pelos fundamentos e não pelo telhado. Ensina-nos que cada escolha exige renúncias. Se cairmos, Senhor, seja sempre avançando e nunca desistindo. Mesmo nas quedas, não permita que nos afastemos de ti.
Neste momento, após a meditação, a Cruz é erguida de seu pedestal e carregada pelos peregrinos até a próxima estação que está aguardando sua entrada para entrada em cena das 15 mulheres que irão compor seu cenário. Mesmo sistema anterior: matracas e segmento musical, deslocamento.
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ESTAÇÕES
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