Marinha desiste de suspender expediente às sextas
Depois de anunciar num comunicado interno que iria reduzir a jornada de trabalho em um dia por semana para cortar gastos e atender à imposição orçamentária do governo, a Marinha recuou da decisão de suspender o expediente às sextas-feiras.
"A Marinha do Brasil esclarece que, em virtude das restrições orçamentárias em curso nesta força, considerou, como uma das medidas de economia a ser adotada, a redução da jornada de trabalho. Após análise subsequente e consonante com as novas tratativas com o Ministério da Defesa, tal medida não será adotada", informou na noite desta terça-feira (30) por meio de nota.
Ministério da Fazenda é o mais atingido por cortes do governo e terá 24,7% a menos
Por determinação do governo federal, que quer economizar um total de R$ 38 bilhões este ano, Marinha, Exército, Aeronáutica e o Ministério da Defesa tiveram bloqueados R$ 4,2 bilhões.
Os cortes na Defesa foram anunciados em duas etapas: R$ 3,6 bilhões em maio e R$ 919 milhões nesta terça. Desse total, a Defesa conseguiu reaver apenas R$ 400 milhões.
De acordo com comunicado interno da Marinha, a partir do dia 2 de agosto, os militares não mais trabalhariam às sextas-feiras, com exceção dos que atuam diretamente nas áreas de saúde, ensino e também com o programa do submarino nuclear. Em caso de feriado nas sextas, a folga seria no dia anterior.
A Folha apurou que a Aeronáutica estudava medida similar à adotada pela Marinha. No entanto, a folga da FAB (Força Aérea Brasileira) seria às quartas. O Exército já trabalha meio expediente às sextas.
Oficialmente, a FAB não nega que esteja em estudo a redução de um dia útil de trabalho por semana. "A Força Aérea está estudando as medidas que se fizerem necessárias e divulgará oportunamente", informou por meio da assessoria de comunicação.
O Exército afirmou que "o impacto do corte de gastos ainda está sendo avaliado no âmbito da Força".
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