Aécio Neves apresenta projeto para manter o pagamento do Bolsa Família a celetistas
De olho nas eleições presidenciais de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresentou nesta quarta-feira (6) no Senado projeto que mantém o pagamento do Bolsa Família para chefes de família que conseguirem um emprego com carteira assinada. Pela proposta, os beneficiários do programa receberão o benefício por seis meses após serem empregados.
Aécio disse que sua proposta é um "estímulo" para que os inscritos no programa possam se reinserir no mercado de trabalho.
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"O programa deve ser visto sempre como ponto de partido e não como compreende o PT, um ponto de chegada. Por isso, o estímulo àquelas famílias que recebem o cartão, para que possam eventualmente se reintegrar no mercado de trabalho de forma permanente", afirmou.
Questionado se o duplo benefício não poderá onerar as contas públicas, Aécio disse que sua proposta é uma "ousadia" e vai impedir que os beneficiários fiquem "acomodados". "Não acho que seja um custo, acho que é um estímulo, mesmo que elas tenham que receber o cartão durante seis meses. Ao contrário, porque depois desses seis meses, se ela se firmou no trabalho, obviamente não receberá."
Para que a proposta do tucano entre em vigor, ela tem que ser aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. É o segundo projeto apresentado pelo tucano relacionado ao Bolsa Família em menos de uma semana. O programa é o carro-chefe da campanha à reeleição da presidente Dilma Roussef, que deve ser adversária do senador na corrida presidencial.
PROGRAMA DE ESTADO
Na semana passada, Aécio apresentou no Senado outra proposta que transforma o Bolsa Família em um programa de Estado.
Pelo projeto, o benefício --que é a principal bandeira eleitoral da presidente-- seria incorporado à LOAS (Lei Orgânica de Assistência Social) para se tornar permanente, atrelado às políticas públicas de assistência social e erradicação da pobreza no país.
O projeto de Aécio foi uma reação às declarações do ex-presidente Lula de que, se a oposição assumir o comando do país, poderá extinguir o Bolsa Família. Também foi apresentado no dia em que o governo federal fez cerimônia, em Brasília, para comemorar os dez anos do Bolsa Família.
Aécio disse que as famílias cadastradas no programa não podem conviver com o "terrorismo" de sua extinção, com ameaças feitas por aliados da presidente que desejam se "perpetuar no poder".
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