Comissão vai mapear centros de tortura usados pela ditadura
A Comissão Nacional da Verdade vai apresentar na segunda-feira (7), em audiência em São Paulo, um relatório parcial com o mapeamento dos centros clandestinos usados pelas Forças Armadas na ditadura (1964-85) para torturar e matar presos políticos.
O levantamento, realizado pela historiadora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) Heloísa Starling, que presta assessoria ao grupo, vai elencar alguns desses centros clandestinos e os nomes dos militantes mortos nesses locais.
O mais famoso centro clandestino usado durante o período foi a Casa da Morte, em Petrópolis (RJ). Mas, como mostrará o trabalho de Starling, a ditadura teria usado vários outros. Entre os exemplos, estão o local conhecido como Sítio 31 de Março, que funcionava em São Paulo, a Casa de Itapevi, no interior do Estado, além de uma casa na zona sul do Rio de Janeiro.
A Comissão Nacional da Verdade pretende mostrar que era praxe da repressão política, no auge dos enfrentamentos contra os grupos da esquerda armada, manter estruturas clandestinas, fora de quarteis ou delegacias, para levar presos políticos.
Militares que atuaram na repressão justificam o uso dos centros clandestinos por serem locais discretos e por proporcionarem, segundo eles, tranquilidade para trabalhar.
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