Advogado de petista no processo do mensalão é nomeado para TRE-SP
A presidente Dilma Rousseff escolheu o advogado Alberto Zacharias Toron para assumir cargo de juiz no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo. A nomeação, que será publicada no "Diário Oficial" da União, foi informada na noite de anteontem ao criminalista pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Com 32 anos de carreira jurídica, o advogado defendeu, entre outros réus, o ex-deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), no processo do mensalão, e os ex-juízes Nicolau dos Santos Neto e João Carlos da Rocha Mattos.
Ele foi ainda presidente do conselho estadual de entorpecentes durante a gestão de Mário Covas (PSDB) e, recentemente, atuou na defesa do ex-executivo da Cegelec Jonio Foigel, no esquema de formação de cartel em São Paulo.
O mandato de juiz tem duração de dois anos e pode ser renovado pelo mesmo período. O nome do advogado foi aprovado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e integrava lista tríplice elaborada pela Justiça de São Paulo.
A cerimônia de posse será marcada pelo presidente do TRE-SP, Antônio Coltro.
Em entrevista à Folha, o advogado afirmou que a atuação em casos de grande repercussão deram consistência ao seu currículo. Para ele, a defesa de um petista no mensalão não contribuiu para a escolha de seu nome.
"O fato de tê-lo defendido pesou contra mim, porque poderia levantar a tese de que seria nomeado em razão disso. Foi necessário mostrar que atuei em outras causas e defendi pessoas de outros espectros políticos", disse.
Pedro Ladeira/Folhapress |
Alberto Toron, novo juiz do Tribunal Regional Eleitoral de SP |
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade