PMDB mineiro diz que tucanos ofereceram R$ 20 mi por apoio
O PMDB de Minas Gerais, aliado ao PT no Estado, acusa o PSDB mineiro de oferecer R$ 20 milhões ao partido em troca de apoio na disputa para o governo.
A afirmação foi feita na segunda-feira (26) pelo presidente do PMDB-MG, deputado federal Antônio Andrade, após reunião da Executiva estadual da sigla. O PSDB negou a suposta oferta.
"Eu disse pra eles [do PSDB] que tenho que ajudar nossa bancada, que estou atrás de R$ 20 milhões. Eles disseram: 'Não, isso não é problema, nós conseguimos os R$ 20 milhões pra você ajudar a bancada dos pré-candidatos a deputado estadual e federal'", disse Andrade, em entrevista após o evento.
Pedro Ladeira - 12.mar.2014/Folhapress | ||
O deputado federal Antônio Andrade, quando era ministro da Agricultura |
Antes, durante o encontro, segundo os jornais mineiros "O Tempo" e "Hoje em Dia", que acompanharam a reunião, ele falou em tentativa de "compra" e citou o deputado federal Marcus Pestana, presidente do PSDB de Minas, como autor da oferta.
Em entrevista após a reunião, questionado sobre o assunto, Andrade amenizou o tom. Ele negou que tenha ocorrido uma tentativa de compra, mas confirmou a conversa em torno da cifra de R$ 20 milhões.
Também não citou Pestana, mas disse que um "porta-voz" do PSDB participou de reunião com os peemedebistas e ficou de conseguir a ajuda financeira.
Os peemedebistas mineiros Sávio Souza Cruz e Zaire Rezende, que estiveram no encontro do PMDB, disseram que Andrade mencionou a oferta, mas não confirmaram a citação a Pestana.
Procurado pela reportagem, Pestana chamou de "mentira brutal" e "delírio" a suposta oferta de dinheiro.
"Nunca houve esse diálogo. Eu não sei como alguém joga uma calúnia dessa no ar", afirmou.
Segundo Pestana, sua única reunião com o PMDB de Minas ocorreu há três meses, quando ele pediu que o partido passasse a dialogar com a aliança que dá sustentação aos tucanos no Estado.
COTADO PARA VICE
Andrade é ex-ministro da Agricultura da presidente Dilma Rousseff (PT) e hoje é cotado para ser vice-governador na chapa do petista Fernando Pimentel, com quem seu partido negocia uma aliança no Estado.
Ele não foi localizado nesta quart (28) e não respondeu aos recados da reportagem. Em seu gabinete em Brasília, a informação era de que ele estava em Uberaba (MG).
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