Copa do Mundo começa com falhas, mas sem caos temido
A Copa faz uma semana hoje com uma coleção de pequenos problemas de organização, mas, até esse momento, nada capaz de provocar grandes danos à imagem do país.
O bordão "Imagina na Copa!", repetido antes do Mundial como premonição de uma crise na infraestrutura e de possível fracasso do evento, não se concretizou.
Os estádios estão cheios, o clima nas ruas é de confraternização e os aeroportos, por ora, não deram vexame, embora muitos tenham sido entregues inacabados. Nas cidades-sede, o esquema de transporte público para se chegar às arenas também tem funcionado.
Editoria de Arte/Folhapress |
Onde as obras de mobilidade não ficaram prontas a tempo, linhas expressas de ônibus e operações especiais facilitaram o acesso do público.
Em São Paulo, onde se temia que a demanda extra na abertura iria complicar linhas de metrô e trem já superlotadas, a decretação de feriado e o trabalho de voluntários tornou a viagem tranquila.
Mas há falhas a enumerar.
A segurança em estádios se revelou insuficiente. Os principais sintomas foram a invasão do Maracanã por argentinos e chilenos e as filas em Brasília e Fortaleza. Alguns torcedores também conseguiram entrar com objetos proibidos –chilenos usaram rojões em Cuiabá.
A checagem dos nomes impressos nos ingressos com documentos oficiais, prometida pela Fifa como forma de coibir a ação de cambistas, também não têm ocorrido.
Quem entrou nas arenas, porém, elogiou as novas instalações, construídas segundo o "padrão Fifa". Boa visibilidade em todos os setores, conforto nos assentos, entradas amplas e banheiros, de modo geral, limpos.
Os problemas foram mais de logística, como a falta de comida nas lanchonetes, pelos atrasos na entrega dos estádios –alguns deles, como o Itaquerão, não foram testados antes do Mundial com a sua capacidade máxima.
"Não dá para falar que foi bem. Mas foi melhorzinho", disse o diretor de marketing da Fifa, Thierry Weil, sobre o estádio do Corinthians.
Embora não possa ser classificada como uma falha de organização, foram unânimes as críticas à cerimônia de abertura, tida como pobre.
Nos aeroportos, o único problema até agora foram alguns dias com fila na imigração, em Cumbica. Como a ocupação dos voos caiu, em função da queda do turismo de negócios, eles suportaram bem até aqui.
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