Tasso faz acordo com PMDB do Ceará e disputará o Senado
O ex-governador do Ceará Tasso Jereissati (PSDB) será o candidato ao Senado na chapa em que o senador Eunício Oliveira (PMDB) disputará o governo cearense nas eleições deste ano.
O acordo foi confirmado por políticos ligados a Eunício e a Tasso, como o deputado federal Raimundo Matos (PSDB-CE), durante a convenção estadual do PMDB do Ceará neste domingo (29), que oficializou a candidatura do peemedebista.
Tasso chegou ao evento no mesmo carro que Eunício e permaneceu ao lado dele no palanque, onde também discursou. O tucano confirmou a aliança entre PMDB e PSDB, mas evitou falar explicitamente de sua candidatura e afirmou que a decisão será oficializada apenas na convenção estadual do PSDB, nesta segunda (30).
Igor Gadelha/Folhapress | ||
Da esquerda para a direita, Eunício, Tasso (de azul, ao centro) e Luiz Pontes, presidente do PSDB-CE. |
A candidatura do tucano será oficializada na convenção estadual do PSDB, nesta segunda (30).
"Estou voltando diante de um projeto nacional e estadual maior, mas principalmente nacional", disse Tasso a jornalistas após a cerimônia.
O ex-governador resistia em ser candidato ao Senado, mas aceitou a empreitada em uma decisão conjunta com o presidenciável Aécio Neves (PSDB) para fortalecer os palanques do tucano no Nordeste.
Com o acordo, o PMDB, maior partido da base de apoio à presidente Dilma Rousseff, estará aliado ao PSDB nas disputas eleitorais em oito Estados, como Rio e Bahia.
Eunício buscou viabilizar a aliança com o PSDB após ter sido preterido pelo PT, que não abriu mão de apoiar o candidato ao governo que será indicado pelo governador Cid Gomes (Pros).
Em entrevista após a convenção neste domingo, Eunício afirmou que seu palanque será aberto a todos os presidenciáveis dos partidos que integram a coligação, mas disse que pessoalmente apoiará a reeleição de Dilma.
Ele negou que a aliança com o PSDB seja uma "traição" à sua relação próxima com o ex-presidente Lula ou com o governo Dilma. Disse que o acordo foi feito "às claras" e que alguns setores estão tentando "intrigá-lo" com os petistas.
"Cada partido dessa coligação tem a sua aliança nacional e será respeitada sua aliança nacional. Então, ninguém vai me intrigar com o presidente Lula nem com a presidente Dilma", disse o peemedebista.
"Tem muita gente querendo ser dono do presidente Lula, da presidente Dilma. O meu partido é aliado do presidente Lula. Foi o Estado do Ceará que definiu aliança nacional do PMDB com o Partido dos Trabalhadores. Portanto, aqui ninguém é dono de ninguém", acrescentou.
A chapa ao governo do Ceará será formada ainda pelo ex-deputado Roberto Pessoa (PR) como vice e um nome do Democratas para a primeira suplência do Senado. Também integram a coligação PSC, PRP, PPS, PTN e PSDC.
Em discurso emocionado, Eunício fez duras críticas à atual gestão do governador Cid Gomes (Pros), principalmente nas áreas de saúde, educação e segurança.
O peemedebista elogiou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), também adversário de Dilma na disputa presidencial, e disse que o governo de Campos fez mais realizações com menos recursos que a gestão de Cid.
AÉCIO
Com a confirmação de Tasso como candidato ao Senado, fica descartada a possibilidade de o tucano ser indicado para a vice de Aécio Neves (PSDB) na disputa presidencial, vaga para a qual era um dos cotados.
Continuam cogitados para a vice do presidenciável tucano o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e a ex-ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Ellen Gracie (PSDB).
O nome do vice de Aécio será anunciado nesta segunda (30), prazo final para homologação das candidaturas.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade