Secretário nega que tenha pedido doação a partido
O secretário de Habitação do governo de São Paulo, Marcos Rodrigues Penido, disse à Folha que jamais pediu contribuição ao PSDB de SP intermediou doações eleitorais, diz e-mail –partido ao qual não é filiado– e nega conhecer a autora do e-mail que cita o nome dele, a executiva Henriqueta Porto, da Tejofran.
"Estou assustado porque em 29 anos de CDHU nunca sofri nenhum tipo de acusação. E agora aparece essa citação ao meu nome, feita por alguém que não conheço."
Segundo ele, "seria uma irresponsabilidade acreditar que isso é suficiente para enlamear o nome de qual-quer pessoa".
O secretário diz que o aditamento obtido pela Tejofran não foi exclusivo –outras empresas também tiveram o valor de seus contratos elevados. Do valor acrescentado ao contrato (R$ 3 milhões), só R$ 709 mil foram pagos à Tejofran porque o restante dos serviços não foram prestados, de acordo com Penido.
A Tejofran diz que fez as contribuições dentro da lei. Afirma, no entanto, que a mensagem não comprova o contato de seus executivos com o diretor da CDHU.
Ainda de acordo com a Tejofran, não existe impedimento legal à contratação, pelo setor privado, de especialistas que tenham atuado anteriormente no governo, e vice-versa.
O engenheiro João Razaboni admite conhecer Penido e os diretores da Tejofran, mas diz não se lembrar do pedido de doação ao PSDB.
O diretório estadual do PSDB diz que outros partidos, inclusive o PT, receberam doações maiores de empresas citadas no e-mail.
Segundo o partido, as contribuições da Tejofran foram regularmente registradas na Justiça Eleitoral.
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