Vice de Aécio considera 'grave' a acusação de compra de apoio pelo PSB
O candidato do PSDB à vice-presidência da República, senador Aloysio Nunes Ferreira, afirmou nesta quarta-feira (23) que a denúncia de suposta oferta de propina para a compra de apoio eleitoral em Pernambuco é "grave" e tem de ser investigada.
De acordo com o senador, o caso "tem de ter uma investigação", afirmou. "(A denúncia) é grave, compra de apoio eleitoral" completou.
O deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE) disse que recebeu e recusou oferta de "vantagem financeira" para que seu partido integrasse a coligação do candidato a governador Paulo Câmara (PSB), o escolhido pelo presidenciável Eduardo Campos para sucedê-lo em Pernambuco. A outros deputados - dois deles foram ouvidos sob condição de anonimato pela Folha e contaram a mesma história - Maia afirmou que a oferta foi de R$ 6 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões seriam reservados a ele.
Segundo o deputado, a oferta de propina foi feita pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Jr., e pelo líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE).
Todos os citados que foram ouvidos pela Folha negaram a oferta. Em Brasília, o PP e o Pros atuam em bloco que reúne 59 deputados federais.
Zanone Fraissat/Folhapress | ||
Aloysio Nunes, Alckmin, Lula e Alexis Duval, CEO da Tereos na inauguração da fábrica em Palmital (SP) |
O tucano participa nesta quarta-feira da inauguração da fábrica de amido e xarope de milho da Tereos. O evento reuniu tucanos e petistas, como o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, em Palmital, no interior de São Paulo, a 418 km da capital.
A multinacional é sócia da Petrobras na Guarani - empresa agroindustrial que, a partir da cana de açúcar, produz açúcar, etanol e energia elétrica.
O presidente estadual do PSB, Márcio França, que também está na inauguração da unidade, saiu em defesa de Paulo Câmara. De acordo com França, o deputado federal José Augusto Maia deve provar as suas acusações. "O deputado que afirma isso deve comprovar o que fala. Ele está envolvendo o presidente do partido dele, quatro ou cinco deputados do partido dele e um deputado do PP, eu não vi na foto ninguém do PSB. Eu posso garantir que se houvesse uma coisa concreta ele teria dito na hora que aconteceu"afirmou.
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