Em São Paulo, outro manifestante vira réu por ato violento
A Justiça aceitou nesta quarta-feira (23) denúncia contra o motorista de lotação João Antônio Alves de Roza, preso sob suspeita de depredar uma concessionária durante um protesto contra a Copa em São Paulo, em 19 de junho.
Com a decisão, confirmada pela assessoria do Tribunal de Justiça, Roza é o terceiro manifestante a virar réu em processos por participação em protestos violentos.
Identificado pela polícia como "black bloc" –manifestante que defende a depredação do patrimônio público e privado– Roza responderá por associação criminosa e dano ao patrimônio, delitos cujas penas somadas podem ultrapassar três anos de prisão.
Na última segunda-feira (21), os também manifestantes Fábio Hideki Harano e Rafael Lusvarghi também viraram réus após serem acusados de cometer crimes em protestos, conforme a Folha mostrou nesta quarta.
Eles responderão por associação criminosa, incitação ao crime e outros delitos.
Segundo os promotores, Roza se associou com "outros indivíduos não identificados" para praticar os crimes no dia 19 de junho, data em que três concessionárias de um mesmo grupo foram depredadas durante ato na região de Pinheiros, zona oeste da cidade.
Segundo a polícia, ele foi flagrado em fotos e vídeos durante a depredação, ocorrida após um protesto do MPL (Movimento Passe Livre).
Segundo a denúncia do Ministério Público, Roza também dava ordens a outros manifestantes para iniciar a depredação e para fazer cordões de isolamento para evitar a chegada de policiais.
De acordo com o grupo dono das concessionárias, o prejuízo com a destruição de carros de luxo chega a R$ 3 milhões. A Folha não localizou defensores de Roza.
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