Coligação de Skaf barra divulgação de pesquisa eleitoral de jornal do ABC
A coligação do candidato ao governo paulista pelo PMDB, Paulo Skaf, conseguiu na Justiça eleitoral uma liminar para barrar a divulgação de uma pesquisa de intenção de voto do "Diário do Grande ABC".
Para a campanha do peemedebista, a pesquisa, referente ao âmbito estadual, não poderia restringir suas entrevistas a uma determinada região do Estado.
A sondagem passaria pelos municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra para aferir a intenção de votos nas disputas ao governo e ao Senado em São Paulo.
Agrava o quadro o fato de que a pesquisa ocorrerá numa região do Estado em que, tradicionalmente, são fortemente votados os candidatos do Partido dos Trabalhadores. (...) É absolutamente certo que a pesquisa indicará números mais favoráveis ao candidato Alexandre Padilha (PT) do que os 4% que hoje lhes são atribuídos pelas pesquisas mais recentes", dizem os advogados de Skaf na representação.
Segundo os juristas, a pesquisa "será utilizada indevidamente para alavancar a candidatura, que hoje sofre com a falta de recursos financeiros pela sua inanição nas pesquisas e com a falta de exposição da mídia por se tratar (até esse momento) de uma candidatura que não emplaca."
A coligação também afirma que a representatividade de cada cidade não foi respeitada e que há falha na ordem de perguntas do questionário de votos.
O juiz do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo Marcelo Coutinho Gordo acatou os argumentos da campanha de Skaf e impediu, liminarmente, a divulgação dos resultados da pesquisa na terça-feira (29).
O magistrado, porém, afirmou que a coleta de dados pelo jornal pode prosseguir. O jornal tem até esta quinta-feira (31) para apresentar sua defesa e esclarecer os questionamentos apresentados pela coligação do PMDB.
A pesquisa realizada pelo DGABC Pesquisas, instituto ligado ao jornal paulista, foi registrada no último dia 25 e a coleta de dados aconteceria entre os dias 28 e 31.
O custo do trabalho de sondagem foi estimado em R$ 20 mil, segundo dados informados no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
"Essa pesquisa estava sendo levantada em poucas cidades e estranhamente tinha sido registrada como uma pesquisa estadual. Você não pode ouvir algumas cidades, por mais importantes que sejam as cidades do Grande ABC e considerar representação do Estado", afirmou Skaf a jornalistas na quarta (30).
A reportagem procurou a diretoria do "Diário do Grande ABC", mas não obteve resposta até a publicação do texto.
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