Pano preto indica luto no comitê central de Eduardo Campos, no Recife
João Pedro Pitombo/Folhapress | ||
Pano preto indica luto no comitê central de Eduardo Campos, no Recife |
O comitê central das candidaturas de Eduardo Campos (PSB) à Presidência e Paulo Câmara (PSB) ao governo do Estado amanheceu nesta quinta-feira (14) coberto por panos pretos.
Os muros em tom amarelo e placas com as fotos dos candidatos foram cobertas em sinal de luto pela morte do ex-governador pernambucano.
Os funcionários do comitê foram dispensados e todas as atividades da campanha foram suspensas. Não há previsão para retomada dos trabalhos das equipes de campanha.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
ACIDENTE
O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49, morreu nesta quarta (13) em acidente aéreo em Santos, litoral paulista, onde cumpriria agenda de campanha. O jato Cessna 560 XL, prefixo PR-AFA, partira do Rio e caiu em área residencial.
Dois pilotos e quatro assessores também morreram, e sete pessoas em solo ficaram feridas. Os restos mortais removidos do local do acidente chegaram na noite desta quarta-feira (13) na unidade do IML (Instituto Médico Legal) na rua Teodoro Sampaio, no bairro Pinheiros, em São Paulo. A Aeronáutica investiga a queda.
Governador de Pernambuco por dois mandatos, ministro na gestão Lula, presidente do PSB e ex-deputado federal, Campos estava em terceiro lugar na corrida ao Planalto, com 8% no Datafolha. Conciliador, era considerado um expoente da nova geração da política.
O PSB tem dez dias para anunciar eventual substituição do candidato. Adversários na disputa, PT e PSDB já se preparam para enfrentar Marina Silva, a vice de Campos. Candidata à reeleição, a presidente Dilma Rousseff (PT) decretou luto oficial de três dias e afirmou que o acidente "tirou a vida de um jovem político promissor". Também presidenciável, Aécio Neves (PSDB) disse ter perdido um amigo.
Marina declarou que guardará dele a imagem de "alegria" e "sonhos". Campos morreu num 13 de agosto, mesmo dia da morte do avô, o também ex-governador Miguel Arraes (1916-2005). Campos deixa mulher, Renata Campos, e cinco filhos, o mais novo nascido em janeiro. "Não estava no script", disse Renata.
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