Advogado do PT mudou versão sobre roubo em comitê, diz secretaria
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo rebateu nesta segunda-feira (29) o candidato do PT ao governo paulista, Alexandre Padilha, sobre o roubo em seu comitê de campanha e afirmou que foi o advogado do partido que mudou a primeira versão apresentada pelos funcionários que estavam no local.
Em nota enviada à Folha, a secretaria afirmou que os policiais disseram ter sido informados que os assaltantes que agiram no sábado (27) levaram R$ 50 mil, celulares, folhas de cheques e pertences dos funcionários, além de um automóvel Citröen modelo C3.
"Esta informação foi ratificada pela Polícia Militar, por meio de um Termo de Declarações, após o advogado do PT ter mudado a versão dos funcionários do comitê, fato também registrado boletim de ocorrência complementar", afirma o texto.
Foi aberto um inquérito no 15º Distrito Policial para investigar o caso. "Quem mudou a versão apresentada pelos funcionários do comitê aos policiais militares foi o advogado do partido Othon de Sá Funchal Barros".
Nesta segunda, Padilha disse estranhar que a Polícia Militar tenha levantado um desencontro de informações.
"Acho estranho o desencontro que a PM possa estar citando agora", disse o petista. "A informação é a que o PT fez e que está no boletim de ocorrência. O PT foi rápido. Se a PM tiver fazer algum tipo de desencontro, é que tem que dar informações", completou.
O candidato não deu detalhes do que teria sido roubado do escritório e afirmou que tudo consta no registro feito na polícia.
A Folha mostrou nesta segunda que o primeiro boletim de ocorrência, registrado pelo policial que atendeu o chamado, diz com base em depoimentos de funcionários que três homens armados invadiram o local e levaram R$ 50 mil em dinheiro e um Citroën C3.
À noite, a Secretaria de Segurança Pública divulgou que os R$ 50 mil roubados estavam em cheques e que o carro havia sido recuperado -no domingo (28), voltou atrás.
Após o registro do primeiro boletim, o advogado do partido, Othon de Sá Funchal Barros, recusou-se a assiná-lo. Ele registrou outro, dando conta de que foram levados R$ 300 mil em tíquete-refeição, além do carro e objetos.
Ao ser informado do ocorrido, o policial militar responsável pelo primeiro documento registrou um termo de declaração reiterando o que dissera no primeiro boletim.
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